Presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, revogou anulação da votação do Impeachment
Geraldo Magela/Agência Senado

Presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, revogou anulação da votação do Impeachment

A tentativa do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão que aprovou a abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff – ato do qual o parlamentar recuou na noite de segunda-feira (10)  – levou a oposição e aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a intensificarem as articulações para tirar o maranhense do comando da Casa.

“A decisão mostra que colocamos um maluco na presidência da Câmara”, atacou o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e aliado de primeira hora de Cunha, antes da revogação ter ocorrido. “É uma decisão de uma pessoa desequilibrada, de um títere, de uma pessoa que está subserviente ao terminal governo do PT”, fez coro o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM).

Com a resistência de Cunha de renunciar ao cargo, a opção mais rápida operada principalmente pela oposição é declarar a vacância do posto de presidente da Câmara. Com apoio de técnicos legislativos, opositores planejam apresentar um recurso ao plenário, pedindo a confirmação de que o cargo está vago.

A ideia é que o recurso seja apresentado no plenário da Casa, que o remeteria à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caberia, então, ao colegiado analisar o pedido e decidir pela vacância, o que provocaria a realização de novas eleições para presidente em até cinco sessões plenárias.

Deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e aliado de primeira hora de Cunha
Agência Brasil

Deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e aliado de primeira hora de Cunha

Em outra linha, aliados de Cunha decidiram usar o ato de Maranhão como argumento para aumentar a pressão sobre o peemedebista para que ele renuncie à presidência da Câmara. A renúncia, descartada por ele, também provocaria novas eleições em até cinco sessões.

A estratégia da oposição e de lideranças próximas a Cunha também prevê pressão para tutelar atos de Maranhão e até mesmo pressioná-lo a deixar o cargo.

Outra possibilidade para tentar tirar Maranhão do comando da Câmara é a sua expulsão do PP. Na segunda-feira, os deputados Júlio Lopes (RJ) e Jerônimo Goergen (RS) protocolaram representações pedindo a sua saída e a de outros seis deputados que votaram contra o impeachment, por terem desrespeitado o fechamento de questão da sigla a favor do impedimento. As informações são do Estadão

 

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