Por Wal Cordeiro

Há alguns dias atrás estava assistindo o trailer do filme “Se eu fosse você 2”, passou de relance uma idéia maluca pela minha cabeça, daquele tipo de pensamento que todos já tiveram algum dia na vida e gostaria de colocar em prática.

Se eu pudesse trocaria, por alguns dias, a identidade e responsabilidade de três figuras importantes para nós atualmente e me colocaria no lugar deles. Primeiro, o Presidente da República (Lula), segundo o Governador do Estado (Wagner) e terceiro o nosso Prefeito (Guilherme).

Diria para cada um deles a frase: “Seu eu fosse você” e apontaria algumas humildes sugestões para viabilizar melhor à vida dos brasileiros e amenizar a dor de milhares, embora saiba que não é tão fácil assim.

Porém vamos imaginar que a troca aconteceu, eu começaria com o presidente Lula.
Se eu fosse o Lula, olharia, com mais atenção, para os desprezados do Nordeste e executaria obras mais importante para o desenvolvimento da região. Concluiria os projetos inacabados e eliminaria aqueles que não têm importância para os pobres.

Se eu fosse o Lula, não daria apenas o peixe ao necessitado e sim a vara de pescar e o ensinamento em como fazê-lo sozinho a médio e longo prazo. A Bolsa Família foi importante para uma causa emergencial de extrema miséria da população, mas pode ser prejudicial no futuro se não acontecer mudanças substanciais no teor do programa. Corremos o risco de ver surgir no Brasil uma nova casta miserável de pedintes e dependentes do Governo e das altas castas, como acontece na Índia.
Se eu fosse o Lula, destinaria mais verbas para a educação, pois uma nação só é considerada próspera quando todos têm acesso livre ao ensino, e pode fazer dele sua arma de manutenção familiar e disseminação do conhecimento, para isso acontecer o professor precisa ser mais bem remunerado e haver mais investimento nas estruturas das universidades públicas pelo país afora.
Se eu fosse o Lula, olharia para o sistema de saúde do país, que se encontra na UTI em alguns Estados do Nordeste, e está prestes a entrar num colapso profundo vitimando milhares de brasileiros que não têm condições de pagar um plano de saúde privado.
Se eu fosse o Lula, me lembraria todos os dias que sou um nordestino.
Se eu fosse o Lula, me preocuparia em governar o Brasil olhando para a necessidade do povo e deixaria de lado a preocupação com a sucessão presidencial (deixa essa missão para os articuladores políticos, pois eles ganham muito e precisam fazer alguma coisa), pois a alternância de poder é saudável e importante para uma nação, veja o exemplo dos Estados Unidos que acaba de eleger Obama.
Se eu fosse o Lula, terminaria o mandato e depois colocaria uma empresa de consultoria para jovens empreendedores, pois ele ficará na história como um vencedor: nordestino, sindicalista, de família pobre, sem estudo e perseverante. Fez o que pode dentro dos seus limites para ajudar o país.
Em relação às demandas da Bahia e a troca de identidade e responsabilidade. Se eu fosse o Wagner, sentaria, constantemente, na mesa de negociações com os servidores da segurança pública, para que o Estado se sinta seguro e os servidores valorizados.
Se eu fosse o Wagner, investiria mais na infra-estrutura das nossas rodovias, portos e ferrovias.
Se eu fosse o Wagner, ampliaria a minha cosmovisão em relação ao Sudoeste da Bahia e me empenharia mais para que fosse construído um novo aeroporto em Vitória da Conquista, pois a cidade daria um salto para o futuro e toda a Bahia seria recompensada.
Se eu fosse o Wagner, viajaria mais para o sertão e observaria de perto as grandes necessidades que aquele povo tem e desenvolveria programas de interiorização das indústrias, para que a Bahia possa crescer de forma uníssona.
Se eu fosse o Wagner, dobraria o efetivo de policiais em Conquista.
Se eu fosse o Wagner, implantaria várias sub-governadorias (com secretários ligados diretos ao seu gabinete) em diversas regiões da Bahia, para descentralizar o poder e atender melhor as demandas do povo que reside em lugares mais distantes de Salvador.
Se eu fosse o Wagner, faria três audiências públicas por ano, com temas livres, para que o seu governo fosse avaliado pelo povo, a fim de buscar melhorias para nossa gente.
Na última troca dessa idéia maluca poderia dizer que: Se eu fosse Guilherme, implantaria em Conquista o projeto “Cidade Digital”, para que as pessoas tenham condições de acessar a internet gratuitamente em qualquer lugar da cidade.
Se eu fosse Guilherme, Construiria um porto seco em nossa cidade.
Se eu fosse Guilherme, elaboraria para a cidade um PDS (Plano de Desenvolvimento Sustentável) para os quatro anos de mandato, e publicaria em todos os meios de comunicações.
Se eu fosse Guilherme, instalaria no telhado da prefeitura um mega painel digital com a prestação de contas do governo atualizada mensalmente, para que a população tenha acesso a todas as informações e ainda colocaria outro painel na Praça Barão do Rio Branco com as informações sobre todos os projetos a serem executados para que todos possam acompanhar passo a passo de cada programa de governo.
Se eu fosse Guilherme, investiria mais nas periferias e distritos rurais da cidade.
Se eu fosse Guilherme, me empenharia para que fosse construído um novo aeroporto na cidade.
Se eu fosse Guilherme, tornaria Conquista em um grande pólo têxtil da Bahia, atrairia várias indústrias do ramo e juntamente com o Governo do Estado concederia isenções fiscais.
Não sou o Lula, nem Wagner e muito menos Guilherme. Resta-me apenas pedir a Deus pelas autoridades que ele constitui sobre nós, para que os mesmo possam realizar os seus mandatos da melhor forma possível e que no final de tudo vejam os benefícios, ou não, que fizeram ao nosso povo.

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