Quando um motorista atropelou e matou seis pessoas na ponte de Westminster, Londres, em março, a polícia inglesa evitou admitir que se tratava de um atentado terrorista até que as provas começaram a aparecer na internet. Pouco tempo depois, o Estado Islâmico assumiu a autoria.

 Na noite desta segunda-feira (20) mais de 20 mil jovens estavam na Manchester Arena, no Reino Unido, para assistir um show da cantora por Ariana Grande. Ao menos uma explosão foi confirmada. Já são contabilizadas pelo menos 19 pessoas mortas e outros 50 ficaram feridas gravemente.

As testemunhas dizem apenas ter ouvido “um enorme barulho” no fim do show. Mas vídeos e fotos nas redes sociais, mostram pânico dentro e fora do local. Pelo estado em que ficaram os corpos das vítimas, não há como negar que foi um ataque suicida.

A cantora não foi ferida. Ariana Grande tinha terminado a última música e saído do palco quando a explosão foi ouvida. Policiais que foram para a Arena descreveram o ambiente como “cenário de guerra”.

 Há relatos que pedaços de metal atingiram e feriram muitas pessoas, o que levanta a suspeita de ser uma “bomba de pregos”.

A jovem Abby Mullen, que estava no local, conta que decidiu sair antes do final e relata: “Saí logo antes da última canção porque queria chegar em casa mais rápido e não precisar esperar muito tempo por um táxi”. Ela afirma que a bomba explodiu em frente a ela: “Havia pele e fezes por toda parte, incluindo no meu cabelo e minha bolsa”.

O Daily Mail, um dos maiores jornais do Reino Unido afirma que se trata de um homem-bomba, mas não divulgou nomes, uma vez que a polícia ainda investiga o caso. A maioria dos periódicos brasileiros fala apenas em uma ‘explosão’.

As forças de segurança inglesas estão seguindo todos os protocolos após atentados terroristas, adiantou ao início da madrugada a televisão britânica Sky News. Uma postagem no perfil Polícia de Manchester no Twitter foi o único pronunciamento oficial mencionando terrorismo até agora.

Uma postagem de uma conta no Twitter menciona que a bomba na Manchester Arena foi obra do Estado Islâmico. Após ser retuitada algumas centenas de vezes, ela acabou suspensa, o que aumenta a especulação sobre o assunto.

Desde março o nível de segurança no Reino Unido está na categoria “severo”, o segundo maior na escala. A unidade de contraterrorismo divulgou recentemente que diariamente há pessoas sendo presas ou interrogadas em investigações para prevenir atentados.

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