Foto: Estadão

O ex-executivo da Odebrecht Benedicto Júnior, em 2010

A Odebrecht doou ao menos R$ 40 milhões em caixa 2 para candidatos que disputaram a última eleição geral de 2014. O montante foi mencionado pelo ex-diretor da empresa Benedicto Barbosa da Silva Júnior, conhecido por BJ, em depoimento na quinta-feira, 2, ao ministro do TSE Herman Benjamin. A audiência, realizada no Rio, fez parte do processo que investiga se houve abuso de poder econômico e político por parte da chapa Dilma-Temer nas últimas eleições. Segundo BJ, os recursos de caixa 2 eram oriundos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, departamento responsável pelo pagamento de propinas. Quem fazia as operações dos repasses ilícitos era o executivo Hilberto Filho. Ao ser questionado sobre a origem dos recursos do caixa 2, BJ informou que, pelo o que entendia, inicialmente eram feitos contratos no exterior, os quais geravam recursos que eram armazenados. Posteriormente, quando havia necessidade de trazer o dinheiro para o País, integrantes do esquema recorriam a doleiros. O ex-diretor informou ainda que integrou um grupo da empresa que se reuniu com o executivo Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo, para definir o volume de doações das campanhas de 2014.

Estadão

Compartilhe