Foto: Audiência AP

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia,

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e pelo menos quatro outros ministros da Corte buscaram durante toda esta terça-feira, 6, amenizar a crise entre Judiciário e Legislativo. Ela incluiu como item número 1 na pauta da sessão desta quarta-feira, 7, o julgamento sobre a liminar do ministro Marco Aurélio Mello que afastou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo de presidente do Senado. A negociação prevê que a partir das 14 horas o plenário acate apenas em parte o mérito da ação proposta pela Rede pelo afastamento de Renan da presidência do Senado. A intenção é garantir o senador na função de comando, mas impedi-lo preventivamente de assumir a Presidência da República na ausência de Michel Temer. O plenário do STF é considerado a única instância capaz de estancar uma grave crise entre os Poderes. A avaliação é de que foi criado um impasse institucional. Sintomaticamente, o primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), foi nesta terça-feira ao STF manifestar preocupação com o nível de tensão e se disse empenhado em uma solução de equilíbrio e moderação. Viana ocuparia o cargo no caso de afastamento de Renan e seria o segundo na linha sucessória de Temer. O petista conversou com Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Fux na busca de pacificação das instituições. Ele fez um outro gesto nessa direção: chegou ao Senado ao lado de Renan. “Jurisprudência. Prudência, prudência, prudência, para a pacificação”, disse a presidente do STF em conversa com o Estado. Também preocupada com a situação, Cármen Lúcia passou a madrugada desta terça-feira em claro e, quando o ministro Gilmar Mendes telefonou de Lisboa, perplexo, perguntando o que iria acontecer ao longo do dia, reagiu: “Como eu vou saber? São 6h15 da manhã aí e 4h15 aqui!”. Fonte: Estadão

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