No noticiário internacional são recorrentes as manchetes relacionadas aos ataques covardes do grupo terrorista Estado Islâmico contra diversas minorias. Em um desses casos ficou destacado o sequestro de mulheres e meninas yazidi.
Durante o sequestro essas mulheres foram mantidas como escravas sexuais da milícia terrorista e quando conseguem retornar, muitas vezes estão grávidas. Para o líder local desta comunidade, Baba Sheikh, as vítimas devem ser recebidas sem julgamento tendo em vista o fato de vivenciarem uma experiência “fora do controle delas”. Contudo, a gravidez já não é vista desse modo.
“As vítimas são nossas filhas e irmãs, mas é inconcebível em nossa religião permitir o nascimento de qualquer criança cujos pais não sejam yazidis”, afirmou Baba em entrevista.
Mesmo com toda essa pressão as mulheres yazidi têm escolhido abdicar do aborto. De acordo com a advogada Rezan Dler, que tem acompanhado os casos das vítimas sequestradas pelo ISIS, não é incomum encontrar mulheres que foram estupradas que escolhem manter seus bebês.
“Uma mulher Yazidi que estava no oitavo mês de gestação quando escapou do EI, desejava manter seu filho, mas seu marido disse que se divorciaria caso ela não fizesse o aborto. O casal se separou e a mulher agora vive em um campo de refugiados com sua filha de 5 meses de idade”, compartilhou Dler.
O desejo de evitar o aborto é tão marcante que de acordo com a advogada, muitas mulheres afirmam que preferiram voltar ao sofrimento da escravidão do EI do que interromper a gestação.
Apesar de todo o esforço das ex-escravas do EI em manter seus filhos, a lei local iraquiana atrapalha o futuro das mulheres pró-vida. De acordo com o Juiz da Corte iraquiana, Xamosh Omar, as leis daquele país afirmam que as crianças que nascerem sobre essas circunstâncias serão tratadas como se tivessem nascido através do adultério, dessa forma, suas mães não teriam o direito de criá-las.
“Eu sou uma mulher e entendo o que as mulheres yazidi estupradas devem estar vivenciando. Mas, paro parlamento iraquiano, esse é um tópico vergonhoso para discussão. Eu duvido que eles permitam esse problema ser debatido”, concluiu Dler. Com informações Christian Today

