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Dois chamados recebidos pela Polícia Militar no último sábado, 05, representam a ponta do iceberg da rotineira violência doméstica em nossa sociedade. E não há distinção de cor, raça, credo ou classe social.

O primeiro chamado ocorreu no bairro Recreio, após vizinhos ouvirem uma mulher gritar por socorro. A guarnição chegou rapidamente ao local, escutou os gritos e entrou no imóvel. Os militares flagraram a suposta vítima acuada pelo marido no box do banheiro, sangrando e com um corte na cabeça. Naquele instante, ela afirmou que estava sendo espancada e declarou que não foi a primeira vez, contaram os policiais.

A partir do momento que o Samu 192 chegou para prestar socorro, as atitudes da mulher mudaram. Ela se recusou a ser atendida e ao chegar na delegacia desmentiu os policiais, dizendo que havia caído no banheiro. Resultado: o casal foi liberado e saiu juntinho de volta para casa.

Instantes se passaram até a PM receber outra ligação. Desta vez no bairro Kadija. Assim como no primeiro caso, populares informaram que uma mulher pedia socorro. Os militares chegaram no local e a suposta vítima disse que não estava acontecendo nada. Receosos com um possível trágico desdobramento, os policiais levaram o casal para delegacia, onde a mulher, com o olho inchado, disse que apanhou do ex-marido, não do atual. Mesmo sabendo que ela estava mentindo, a polícia nada pode fazer e o casal foi liberado. Esses saíram abraçadinhos como um casal de pombinhos.

Infelizmente, o medo de apanhar mais, da morte, a dependência psicológica e financeira são alguns dos fatores que escravizam essas mulheres. Se não houver incentivo de familiares e conhecidos para que essas vítimas denunciem casos de violência doméstica a polícia irá até uma dessas vítima pela última vez, apenas para realização do levantamento cadavérico. Fonte: Blitz Conquista

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