Tânia Rêgo/Agência Brasil

Após retirar o grau de investimento do Brasil, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou o rating da Petrobras em dois níveis, o que também classifica a estatal como grau especulativo. Isso significa que a agência já não considera a estatal uma boa pagadora de seus débitos, o que complica ainda mais a situação da companhia, que é a petroleira mais endividada do mundo. Sem o grau de investimento, o acesso a novos financiamentos fica mais difícil e a empresa pode ter de pagar juros maiores que os que conseguia até agora. O rating da Petrobrás foi rebaixado de BBB- para BB, em escala global. Em escala nacional, o rating passou de brAAA para brAA, sendo o terceiro nível mais alto do rating local. A perspectiva dos ratings é negativa. De acordo com a nota da agência, a perspectiva negativa reflete a perspectiva do rating soberano do País. Segundo a S&P, a companhia foi rebaixada para BB devido ao rebaixamento do rating do Brasil em moeda estrangeira, de BBB- para BB+, uma vez que a empresa tem forte ligação com o rating soberano do País. A agência Moody’s já havia retirado o grau de investimento da Petrobrás em fevereiro, quando rebaixou o rating de crédito corporativo da estatal de Baa3 para Ba2, além de cortar todas as outras notas da empresa.  Segundo a agência, o rebaixamento refletiu uma maior preocupação com as investigações de corrupção que vêm sendo feitas dentro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A agência também citou na época que a Petrobrás terá dificuldade em reduzir significativamente sua elevada dívida nos próximos anos. Outras empresas. A S&P promoveu 31 rebaixamentos corporativos, afirmou ratings e manteve perspectiva estável de seis entidades, além de afirmar as notas e manter perspectiva negativa para outras três empresas brasileiras.  A agência também colocou os ratings da Braskem, Klabin e Odebrecht em observação para possível rebaixamento. Fonte: Estadão

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