Foto: EFE

O acidente com a plataforma da Petrobras, na quarta-feira, 11,no Espírito Santo é mais um desgaste de imagem para a companhia, que vive neste momento os dissabores de uma grande investigação por atos de corrupção, pela morte de trabalhadores enquanto exerciam seu ofício. Financeiramente, no entanto, os danos não serão de grande impacto, tanto que poucos analistas se debruçaram ontem sobre os números. Na área de gás, o navio-plataforma Cidade de São Mateus, instalada no campo de Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, responde por uma participação pequena, de 2,5%, da produção total no País. De um total de 90 milhões de metros cúbicos produzidos por dia (m³/d), a plataforma produz 2,2 milhões de m³/d, como informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com uma produção tão pequena, a interrupção das atividades da plataforma, por causa da explosão da casa de bombas, não deve ter efeito sobre a geração de receita da empresa, acredita Edmar Almeida, professor do Grupo de Economia de Energia da UFRJ. Da produção total de gás natural da Petrobras, 52 milhões de metros cúbicos diários ao dia são vendidos no mercado. Os demais 38 milhões de metros cúbicos diários ao dia são reinjetados nas bacias sedimentares ou utilizados nas plataformas e refinarias da Petrobrás. O analista Pedro Galdi, da Galdi Consultoria, diz ainda que o navio-plataforma Cidade de São Mateus tinha seguro e uma produção muito pequena perto do tamanho da Petrobras. A empresa produz, por exemplo, 2 milhões de barris de petróleo por dia e a plataforma tirava apenas 2,2 mil barris, ou seja, 0,1% da produção total.

Fonte: Agência Estado

Compartilhe