Kayla Jean Mueller, refém do EI

 Kayla Jean Mueller, refém do EI (Reprodução)

(Atualizado às 16h31)

O Estado Islâmico divulgou uma mensagem nesta sexta-feira alegando que os ataques aéreos realizados pela Jordânia na Síria mataram uma refém americana que estava em poder do grupo terrorista. Ontem, a Jordânia anunciou ter bombardeado posições dos jihadistas em resposta à bárbara execução do piloto Moaz Kasasbeh, queimado vivo em uma jaula pelo EI.

“O ataque aéreo falho da Jordânia matou uma refém americana. Nenhum mujahid (combatente) foi ferido no bombardeio e todos os louvores vão para Alá”, diz o comunicado publicado pelo Site Intelligence Group, que monitora atividades jihadistas na internet. O EI não apresentou nenhuma prova de suas alegações e o Departamento de Estado americano disse que não pode confirmar a informação.

O ministro do Interior da Jordânia, Hussein Majali, negou firmemente a informação, que classificou como “propaganda” dos jihadistas. “Eles tentaram causar problemas internamente na Jordânia e não conseguiram. Agora estão tentando rachar a coalizão com esse último truque baixo de propaganda”, afirmou, segundo a rede americana CNN.

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A Casa Branca ressaltou a ausência de provas. “Estamos obviamente muito preocupados com essa notícia. Não vimos até este momento nenhuma prova que corrobore a alegação do Isil”, disse em comunicado Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, usando uma das siglas (em inglês) pela qual o grupo terrorista é conhecido – Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

A mensagem alega que o prédio em que a mulher estava sendo mantida em Raqqa, na Síria, ruiu com o bombardeio. A refém é identificada como Kayla Jean Mueller e os terroristas também revelam o que seria seu endereço no Arizona. O EI também divulgou fotos descritas como sendo do local atacado nesta sexta.

A mulher de 26 anos trabalhava com grupos humanitários na Síria. Ela seria a única refém dos Estados Unidos ainda mantida pelo Estado Islâmico, segundo o jornal The New York Times, e desapareceu em agosto de 2013 ao viajar para Aleppo com o namorado sírio. Amigos receberam um vídeo meses depois do desaparecimento, no qual ela aparecia vestindo um hijab e implorando por sua vida.

O grupo que dominou territórios na Síria e no Iraque na tentativa de criar um califado já executou três reféns americanos, os jornalistas James Foley e Steven Sotloff e o ajudante humanitário Peter Kassig. Todos foram decapitados.

(Com agência Reuters)

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