Assessoria/Imprensa
Calmon BB

Segurança pública, maioridade penal e tráfico de drogas foram assuntos pautados pela candidata ao senado federal

A candidata a senado Eliana Calmon (PSB) da coligação “Coragem para Mudar a Bahia” vem declarando em suas recentes entrevistas que é a grande novidade para a política baiana e que irá modificar a atual estrutura do cenário politico brasileiro. Nesta semana a candidata realizou uma maratona de entrevistas as rádios da capital e do interior do Estado. Assuntos como redução da maioridade penal, segurança pública, educação e tráfico de drogas foram abordados pela ministra do Superior Tribunal de Justiça, “A sociedade brasileira está extremamente descrente da classe política. Isso me deixou muito preocupada como cidadã brasileira. Tomei a decisão de concorrer ao senado porque sei que lá estando poderei contribuir para reverter esse quadro. Eu tenho novas propostas. No senado eu vou criar projetos, mas vou também me alinhar para aprovar bons projetos, independente de a que partido pertença os autores desses projetos.”, declarou a candidata.

Segurança Pública

A população brasileira está refém da insegurança e sem esperança de ver uma melhora. A impunidade e essa falta de esperança está gerando algo muito preocupante que é a vontade de fazer justiça com as próprias mãos. Linchamentos e saques são exemplos disso. O tráfico está dizimando a nossa população jovem nas grandes cidades e agora também nas cidades menores. No enfrentamento contra a falta de segurança, não adianta apenas investir na ponta, em tropas e armamentos. A repressão ao crime é necessária, mas nós temos que ter um projeto integrado de segurança pública com envolvimento do governo federal, que hoje sentimos falta.

Chegam as polícias, que são as garras do Estado. Mas se não chegarem as outras políticas públicas não vai adiantar. Aquela ação vai ser paliativa, nós temos que ter a educação, saúde, saneamento básico.

Tráfico de drogas

A população é refém do tráfico e o estado tem que preencher o vazio deixado pela ação do tráfico. Uma mãe não consegue internar o filho doente em um hospital. Mas se ela chamar o chefe do tráfico, em 24 horas o problema estará resolvido. Sendo assim, a população vai se reportar ao estado ou à “autoridade” da sua comunidade? Precisamos combater os excessos da polícia e incentivar políticas públicas que colaborem para a diminuição dos crimes.

Maioridade Penal

Eu sou contra a diminuição da idade penal. Sou contra por razões técnicas. A população está com medo e sai falando qualquer coisa que pareça trazer soluções imediatas. Quem tá roubando e matando é menino de 16, 17 anos, então vamos diminuir a maioridade penal. Como membro da Comissão Permanente do Comitê Permanente da ONU, participei de um mapeamento dos jovens que são homicidas menores de idade. O perfil deles é: cor parda ou negra, com família desestruturada e sem escolaridade. São jovens que muitas vezes têm como o primeiro documento da vida a ficha policial. É o primeiro contato que eles têm com o Estado. É só ali que eles passam a existir para o governo. Isso significa que eles nasceram e cresceram sem qualquer amparo. Não tiveram a família e nem as políticas públicas das autoridades. Então nós vamos pegar esse jovem sem oportunidades e prendê-lo, num sistema carcerário perverso onde todos nós sabemos que não recupera esse jovem, visto que 70% da população carcerária que sai, torna a voltar. De forma que a diminuição da maioridade penal vai ser mais uma injustiça que cometeremos com esse jovem. O que precisamos é criar e incentivar políticas públicas de assistência educacional e de formação às nossas crianças e de recuperação para esses jovens infratores. Uma criança na escola custa aos cofres públicos 228 reais por mês. Uma pessoa presa no sistema carcerário custa 1.840 reais por mês.

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