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Igrejas católicas e protestantes foram saqueadas, bem como empresas cristãs. Rebeldes esvaziaram lojas, roubaram casas e levaram milhões de francos CFA em troca de vidas. Eles, então, atacaram edifícios administrativos e fizeram grande dano às propriedades do Estado e empresas privadas.

Quando passaram pela sub-região de Kembé, mataram várias pessoas, incluindo o comandante da brigada policial. Eles queimaram casas nas aldeias de Ndékpéré-Mboyo e Satema como punição aos soldados do exército que esconderam seus carros. Prédios do governo também foram destruídos e documentos oficiais queimados.

Novamente, igrejas católicas e protestantes, assim como as residências de seus funcionários, foram saqueadas e empresas cristãs locais, explorações agrícolas e de pesca, prejudicadas. Em seguida, rebeldes invadiram a pequena cidade mineira de diamante e ouro de Mingala. Lá, eles também expulsaram cristãos e levaram tudo o que encontraram de comida e dinheiro.

Nenhuma das aldeias a caminho das cidades maiores foram poupadas. Instituições cristãs em todos os lugares, empresas e fazendas tornaram-se vítimas dos rebeldes que roubaram das pessoas toda a sua comida e suprimentos. Os rebeldes intimidaram as pessoas com uma arma, empurrando-as para o chão, na tentativa de levá-las a desistir de bens ocultos, tais como dinheiro.

Mobaye, a capital regional, caiu em 7 de fevereiro desse ano. Os rebeldes saquearam o centro administrativo da cidade, destruíram o edifício e queimaram todos os documentos. Em seguida, eles foram ao hospital e roubaram medicamentos, camas, rádios e equipamentos de radiologia. Pegaram todos os remédios de tuberculose e lepra e levaram portas e janelas.

O centro social, onde ficam os órfãos, viúvas e deficientes físicos também foi atacado. Os rebeldes destruíram o interior do edifício, queimaram todos os documentos e roubaram as motos. Um funcionário de alto escalão do Tribunal de Justiça, conhecido apenas como Sr. François, foi espancado e deixado para morrer.

Na Igreja Elim II, eles bateram em um pastor até a morte na frente de seu filho. A Portas Abertas está trabalhando na aquisição de mais detalhes, mas soube que, como o filho estava chorando em voz alta, os rebeldes o aquietaram puxando sua orelha para trás até sangrar. Alguns espectadores foram corajosos o suficiente para intervir e levaram-no a um hospital na República Democrática do Congo.

O pastor Sanbo, de Elim I, foi capturado e forçado a entregar os 150 mil francos CFA que tinha. Os rebeldes haviam prometido voltar à igreja para pegar mais dinheiro, que eles sabiam que estava escondido. Ao retornarem, o pastor havia fugido, mas eles invadiram sua casa e roubaram tudo de valor.

Outro pastor, da Igreja Batista, estava em missão em Kembé, mas rebeldes arrombaram a porta e a janela da igreja e, em seguida, tiraram de sua casa roupas e materiais de construção. Empresas cristãs, fazendas, peixarias e casas foram saqueadas.

A Portas Abertas tem acompanhado a situação, tanto quanto possível. Inclusive, um colaborador na região foi forçado a se esconder dentro de casa, juntamente com os demais moradores de Bangui.

Pedidos de oração

  • Ore pelo povo da República Centro-Africana, para que a paz seja restabelecida no país.
  • Peça pela provisão de Deus para quem enfrenta opressão e violência.
  • Interceda pela misericórdia de Deus sobre a vida dos rebeldes Seleka, para que eles sejam alcançados pelo evangelho e possam entregar suas vidas a Cristo.

Leia a primeira parte desse relato.

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FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoTamires Marques
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