A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta terça-feira (22) que houve 136 mortes e 2.726 acidentes nas rodovias federais do país entre a última quinta-feira (17) e esta segunda-feira (21), durante o feriado prolongado da Semana Santa e de Tiradentes.

De acordo com balanço divulgado pela PRF, 1,6 mil pessoas ficaram feridas nesse período em acidentes nas estradas federais de todo o Brasil.

A PRF informou que não comparou o número absoluto de mortes e acidentes deste ano com o do feriado da Semana Santa de 2013 porque, na ocasião, a operação durou quatro dias e, neste ano, cinco.

No ano passado, entre a quinta-feira santa e o domingo de Páscoa, a PRF contabilizou 108 mortes e 2.429 acidentes nas rodovias federais.

O coordenador-geral de Operações da PRF, inspetor Stênio Pires, afirmou durante a divulgação do balanço que os estados considerados mais “críticos” neste ano são Paraná, Minas Gerais e Bahia. As três unidades da federação registraram o maior número de mortes e acidentes nas rodovias federais brasileiras.

Infelizmente, a gente percebe que ainda existe essa questão de beber e dirigir, mas já há um aumento
na conscientização do cidadão.
A gente tem aumentado cada vez mais o número de testes realizados, e o número de autuações e prisões tem caído. Mas, infelizmente, ainda é alto o número de pessoas que bebem e dirigem depois”
Stênio Pires,
inspetor da PRF e coordenador-geral
de Operações da corporação

Segundo o inspetor, a PRF fiscaliza as estradas federais por regionais – um estado pode ter mais de uma regional, ou uma regional pode abranger mais de um estado. Entre as áreas fiscalizadas, as que registraram o maior número de mortos e feridos foram a regional doParaná (203 feridos e 27 mortos) a de Minas Gerais (227 feridos e 15 mortos) e a da Bahia(105 feridos e 15 mortos).

Entre os acidentes que resultaram em mortes, os mais frequentes foram:
– colisão frontal (23,89%);
– colisão transversal (18,89%);
– atropelamento (15%)
– saída de pista (10,56%):
– colisão lateral (7,22%).

Os principais motivos, segundo a PRF, foram falta de atenção, velocidade incompatível e animais na pista.

A PRF destacou que foram fiscalizadas 183,5 mil pessoas em 184,2 mil veículos. Houve 56,2 mil testes de bafômetro, com 1,1 mil autuações por ingestão de bebida alcoólica e 266 prisões. No total, foram registradas 52,2 mil notificações e apreendidas 1,1 mil carteiras de habilitação.

“Infelizmente, a gente percebe que ainda existe essa questão de beber e dirigir, mas já há um aumento na conscientização do cidadão. A gente tem aumentado cada vez mais o número de testes realizados, e o número de autuações e prisões tem caído. Mas, infelizmente, ainda é alto o número de pessoas que bebem e dirigem depois”, disse Pires.

Acidentes x frota
Na entrevista coletiva desta terça-feira, a PRF afirmou que, há três anos, a corporação passou a comparar os números de acidentes, mortos e feridos nas estradas com o tamanho da frota atual. Desde então, a PRF adotou o critério de calcular o número de acidentes, mortos e feriados por dia para cada 1 milhão de veículos.

Por isso, na interpretação do inspetor do órgão, “não é possível” comparar os dados absolutos deste ano com os de 2013.

Os resultados de 2014, de acordo com essa base de comparação, apresentaram queda, informou a Polícia Rodoviária Federal. Em 2014, a média diária de acidentes foi de 6,54 para cada 1 milhão de veículos, e, em 2013, 8,26, redução de 21%, segundo a PRF. A de mortes foi de 0,33 por dia para cada 1 milhão de veículos licenciados. No ano anterior, o índice foi de 0,36 (redução de 9%). Pelo mesmo critério, o índice de feridos caiu de 4,98 para 3,91 – 22% menos.

“Tivemos uma redução na média diária – em termos comparativos com a frota – de 9%, e isso a gente vê como positivo. Foi um número bastante positivo na avaliação da Polícia Rodoviária Federal, mas consideramos que o número de mortes ainda é alto”, disse Pires. fonte: G1

Compartilhe