Imagem: DivulgaçãoRealizada como parte das comemorações ao Dia Internacional da Mulher, uma pesquisa feita pelo Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) entrevistou 601 mulheres donas de algum empreendimento do ramo de serviços ou comércio nas 27 capitais brasileiras.

Mais de um terço (36%) das empresárias casadas admitiram à pesquisa que abririam mão do relacionamento conjugal caso o marido ou companheiro dissesse: “ou eu ou o trabalho”. Outras 40% das entrevistadas afirmaram que precisariam pensar mais a respeito antes de tomar uma decisão – não descartando a possibilidade de romper com o relacionamento– e somente 25% das mulheres afirmaram que com certeza abririam mão do trabalho.

Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, a convicção detectada pelo estudo está diretamente ligada à maior participação das mulheres no mercado de trabalho, inclusive a frente de negócios. “Ainda que haja uma defasagem histórica na remuneração das mulheres na comparação com homens, é perceptível uma maior inserção delas nas atividades fora do lar”, afirma a economista.

Em relação ao estado civil, destaca-se que quase a metade das entrevistadas (44%) não possui cônjuge, o que reforça o perfil de autonomia na vida pessoal e profissional entre as empreendedoras solteiras.

Entre as casadas ou que vivem em união estável, 70% disseram ter participação total ou parcial no pagamento das contas da casa, sendo que dessas, 14% se responsabilizam sozinhas pelo pagamento das despesas e 56% dividem os custos com o marido. “Esse alto percentual é um exemplo prático da participação marcante da mulher nas finanças da família, reforçando o perfil de autonomia e maior independência econômica por parte delas”, destaca a economista Luiza Rodrigues.

Mesmo atuando fora de casa com o negócio próprio, as mulheres empreendedoras não abandonaram as atividades domésticas. O levantamento indica que em 47% dos casos elas são as únicas responsáveis pelas tarefas do lar, como cuidar dos filhos, lavar, passar e cozinhar. O percentual é maior entre as empreendedoras cujo negócio é informal (58%).

“A pesquisa mostra que a ampliação de oportunidades no mercado de trabalho entre as mulheres não foi acompanhada por uma nova divisão de responsabilidades domésticas entre os gêneros. Novos papéis foram incorporados à rotina da mulher sem que ela deixasse de ser cobrada pelas funções tradicionais de ser boa mãe, boa dona de casa e boa esposa”, conclui a economista Luiza Rodrigues.

Fonte: SPC Brasil

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