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Cerca de 840 pessoas estão desalojadas e recebem ajuda humanitária. 16 pessoas morreram e um morador continua desaparecido nesta segunda.

Foi decretado estado de calamidade pública em Lajedinho, região da Chapada Diamantina, nesta segunda-feira (9), por conta das fortes chuvas que destruíram grande parte da cidade e deixaram 16 pessoas mortas. Um morador continua desaparecido.

“Foi decretado pela prefeitura, homologado pelo Estado [da Bahia] e pelo ministro da Integração Nacional. Vai ser publicado amanhã [terça-feira, 10]“, afirma Paulo Sérgio Luz, coordenador da Defesa Civil.

Segundo ele, o reconhecimento favorece a ajuda humanitária e o recebimento de verba para a reconstrução da cidade e para o apoio às vítimas. Mais de 200 famílias estão desalojadas e a estimativa do governo estadual é a de que cerca de 840 pessoas desabrigadas. O Exército Brasileiro está na cidade. O alojamento foi montado na Escola Ana Lúcia de Lima. Voluntários da Cruz Vermelha ajuda na distribuição de alimentos, de remédios e de roupas para a população. Oito das vítimas do temporal são da mesma família. Do total, quatro já foram enterradas.

Reconstrução

O governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro da Integração Nacional, Francisco José Coelho Teixeira, estão em Lajedinho, na tarde desta segunda, para acompanhar de perto os estragos e os resgates. O prefeito Antônio Mário Lima informa que o governo vai apoiar a reconstrução de mais de 200 casas na parte alta da cidade, que fica fora da área de risco, às margens do Rio Saracura.

“Estamos estudando a possibilidade de tirar as famílias das áreas de risco. Temos em torno de 200 e poucas casas para levantar em regime de urgência. 202 familias tiveram problemas, perda total. Na margem do rio, todo mundo foi afetada. São poucas casas que poderíamos recuperar, mas todas estão comprometidas, queremos tirar todo mundo de lá”, afirma o prefeito.

O centro de Lajedinho foi destruído com as chuvas, área onde está localizada a maior parte do comércio, além da prefeitura e suas secretarias. “É a parte mais antiga da cidade, tem praças, secretarias. 70% a 90% do comércio foi prejudicado. Estamos vendo como ajudar também esse pessoas. São pequenos comerciantes, que perderam tudo”, relata.

Desabrigados

As famílias desalojadas estão abrigadas em escolas municipais e recebem assistência como a alimentação, roupas e cobertores. Os corpos foram localizados a cerca de 30 km do local, nas proximidades da cidade de Ruy Barbosa. As equipes de buscas foram são compostas por 28 bombeiros e 12 voluntários. Moradores relataram que o nível da água chegou a 2 metros de altura.

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