G1

Oito pessoas foram presas nesta terça-feira (13) durante uma operação da Polícia Federal para prender suspeitos de integrar a cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro. As informações são da Polícia Federal. As prisões aconteceram no Rio e em Niterói, na Região Metropolitana.

De acordo com a PF, os suspeitos estão vinculados à exploração do jogo ilegal e máquinas caça-níqueis no estado. Ao todo, os agentes cumprem 10 mandados de prisão, que foram expedidos pela Justiça após investigações realizadas durante a Operação Hurricane.

Os presos serão levados para a sede da PF, na Zona Portuária da cidade. De lá, irão para um presídio do sistema penitenciária do Rio.

Combate à contravenção
Operação Hurricane foi realizada em 2007. Na época, 25 pessoas foram presas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, e no Disitrito Federal. Entre os presos, segundo a PF, estavam chefes de grupos ligados a jogos ilegais, desembargadores, empresários, policiais e advogados. A operação foi desencadeada para desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública.

Desde então, a polícia tenta fechar o cerco contra o jogo do bicho no Rio. Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil desencadeou operação semelhante contra os contraventores. Na operação Dedo de Deus, policiais chegaram a descer de rapel de um helicóptero na cobertura de Aniz Abraão David, o Anísio da Beija-Flor, apontado pela polícia como banqueiro do jogo do bicho, em Copacabana, na Zona Sul. Ele não estava em casa.

Um mês depois, Anísio foi preso por policiais civis em frente a um laboratório médico, na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana.

Na sexta-feira (9), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus para Anísio, que está internado desde 13 de fevereiro, em estado estável, mas ainda sem previsão de alta, no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul. Segundo informações da unidade, ele sofre de uma “cardiopatia hipertensiva” e foi internado “para investigação clínica de distúrbios gastrointestinais e otorrinolaringológicos.”

Na mesma ocasião, o STJ concedeu habeas corpus para dois outros suspeitos de envolvimento com a contravenção: Luizinho Drummond. O habeas corpus concedido a Anísio foi uma extensão do benefício que a Justiça deu há cerca de um mês a outro suspeito: o presidente da escola de samba Grande Rio, Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho da Grande Rio.

Compartilhe