A indústria automobilística já ultrapassou a marca de 2 milhões de veículos vendidos neste ano. Até quinta-feira, a soma era de 2,024 milhões de unidades, cerca de 8% superior ao resultado de igual período de 2010.
O mês que termina deve ser o melhor julho da história, com resultados acima dos 302,3 mil
veículos vendidos em julho do ano passado, até então a melhor marca para o mês.
Também deve ficar pouco acima do resultado de junho, de 304,3 mil veículos.
Até quinta-feira, faltando um dia útil para registro de emplacamentos, o mês acumulava vendas de 287 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, com média diária de 14.350 unidades, similar à média de junho. Só em automóveis e comerciais leves foram 269,9 mil unidades no mês e 1,9 milhão no ano.

Durante a semana, o presidente da General Motors
para a América do Sul, Jaime Ardila, reclamou que o crescimento da indústria
está sendo estimulado pelas vendas especiais a frotistas e locadoras.

“O
varejo está parado”, disse. “Se, com as medidas de contenção de crédito, o
governo estava tentando frear o consumo, no caso da indústria automobilística
está garantido.” Esse tipo de negócio, disse ele, não é sustentável.   Das
vendas da indústria, 27% são especiais, quando o razoável é  de 20% a 22%.

O quadro também não é favorável aos concessionários, que precisam conceder
altos descontos no varejo. Nos últimos finais de semana, a maioria das marcas
realizou feirões com atrativos de preços, juros e prazos de financiamento. Neste
fim de semana, há poucas ações.

Uma delas é a chamada “Briga de
Gigantes”, que reúne revendas Fiat, Ford, GM e Vol-kswagen no estacionamento do
Extra Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). O setor iniciou julho com 342 mil
carros no estoque das fábricas e revendas, suficiente para 33 dias de
vendas.

O limite que passa a ser considerado crítico é de 35 dias. A Fiat chegou a
dar férias coletivas de uma semana para trabalhadores de um turno na fábrica de
Betim (MG) e parou toda a fábrica da Argentina. Apesar do cenário, a Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mantém projeção de
fechar o ano com crescimento de 5% nas vendas, para 3,7 milhões de veículos,
novo recorde.

O crescimento sustentável das vendas tem atraído novos fabricantes ao País.
Na segunda-feira, a chinesa JAC deve anunciar uma fábrica local. Já a Fiat
decidiu mudar o lugar de sua segunda fábrica no País, anunciada para Porto de
Suape (PE). Informaçoes são do Estado de S. Paulo.

Compartilhe