Tribuna/Osvaldo Lyra
O governador Jaques Wagner termina 2010 com um saldo positivo. Reeleito com uma larga vantagem sobre os adversários, ele contabilizou ontem, durante um almoço com a imprensa, na Governadoria, os avanços obtidos nos últimos quatro anos e falou de metas a serem persistidas na sua próxima gestão. Mesmo não tendo recebido a atenção esperada na montagem do governo Dilma Rousseff – e olhe que a Bahia acabou emplacando cinco ministros -, o governador fecha o período com a certeza de ter começado a construir um processo de desenvolvimento e inclusão social no Estado. Aos jornalistas, ele falou da proximidade com a presidente eleita, da formação do secretariado para seu segundo mandato (que deverá ser modificado a partir do dia 3) e disparou críticas contra o adversário Geddel Vieira Lima (PMDB). Ele falou ainda que não pagará as contas de custeio da prefeitura de Salvador e que mantém uma relação institucional com o prefeito João Henrique.
Sobre a participação no governo federal, Wagner chegou a afirmar que “ficou maior do que estava sendo apontada” e disse que nenhum ministério sozinho resolve os problemas dos baianos. Para ele, “ter um ministro é bom, a gente se sente representado, mas nenhum ministro resolve a minha vida”. O governador foi enfático ainda ao criticar o “paulistério” (a participação de petistas de São Paulo no governo Dilma). Para ele, essa era uma crítica interna à sigla, mas que deveria ser pontuada, já que o PT “ainda não enxerga o conjunto da floresta”.