O número absoluto de analfabetos com 15 anos ou mais caiu 7% entre 2004 e 2009 no Brasil, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A queda  equivale a cerca de 1 milhão de analfabetos a menos no país.
As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores quedas na taxa de analfabetismo. Com uma redução de 66%, o Amapá passou a ter o menor índice do Brasil: 2,8%.
Apesar da redução, a maior parte dos Estados das duas regiões continua sendo responsável pelos maiores índices de pessoas que não sabem ler e escrever enunciados curtos – definição de analfabetismo da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).

O analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais no Nordeste é aproximadamente 3,4 vezes maior que no Sul, que tem a menor taxa do país (5,5%). No Sudeste, a redução na quantidade de analfabetos foi de 6,6% no período. Em São Paulo, por exemplo, a redução foi de 6,5% no número total de analfabetos nessa faixa etária.

Aumento

Apesar da queda geral, cinco Estados brasileiros tiveram crescimento no número de analfabetos: Rondônia, Acre, Mato do Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina.

O Ipea aponta o aumento populacional maior que a média nacional nesses Estados como a principal razão para o crescimento.

O estudo mostrou ainda que, apesar dos avanços, o Brasil tem 14.104.984 analfabetos. Desse total, 93% ganham até dois salários mínimos.

Eband

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