Apesar de afirmar que as pesquisas de intenção de votam não o animam, nem deprimem, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), demonstrou na manhã deste domingo acreditar que as consultas dos institutos especializados estão corretas e que sua reeleição no 1º turno é quase certa. Ele votou em Arembepe, distrito de Camaçari, município da Região metropolitana de Salvador, acompanhado de boa parte de sua coligação e também do ministro da Cultura, Juca Ferreira.

 

Foto: Agência Estado

Jaques Wagner com eleitores a caminho da urna

Wagner chegou ao local por volta das 10 horas e foi recebido com festa pela militância petista e por eleitores, que gritavam “1º turno, 1º turno” enquanto o governador fazia o caminho da entrada do colégio Professora Lídia Coelho Pinto até sua zona eleitoral. Ele depositou rapidamente suas escolhas na urna. Já a concessão de entrevistas e fotografias durou cerca de 15 minutos.

O governador lembrou do cenário que lhe deu o primeiro mandato em 2006 e disse que, naquela época, sua candidatura era apenas uma aposta e que o povo baiano queria a mudança do rumo político, refletida na atuação do presidente Lula à frente do País. Agora, caso eleito, acredita que seu projeto político teve ainda mais confiança da população. Para ele, tamanha vitória se deverá à sua estratégia durante a campanha.

“Durante 120 dias, andamos por 133 localidades e a receptividade foi boa. Para vencer, nós contamos com a articulação dos partidos aliados, a atuação de prefeitos e vereadores aliados, a militância e também com a presença de Otto Alencar na nossa chapa, que foi uma aquisição muito importante”, listou o candidato. Alencar chegou a ser governador em 2001 e é considerado um dos pefelistas mais influentes do antigo grupo de Antonio Carlos Magalhães. Ele fechou apoio a Jaques Wagner no ano passado e agora concorre ao pleito como candidato a vice do ex-sindicalista.

Consciente de que a disputa para o Senado é mais acirrada até do que a sua própria, o ex-sindicalista declarou que, para fazer Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT) os dois novos senadores da Bahia, a coligação conta com o trabalho de convencimento da militância na boca de urna. Questionado se o trabalho não configurava crime eleitoral, Wagner assegurou que o processo se daria dentro do que a lei permite, com atuações dos partidários em comunidades e fora dos limites das zonas eleitorais.

A confiança na eleição de Dilma Rousseff no 1º turno também fez parte do discurso do governador que, no entanto, disse que um possível segundo turno não será preocupação para o PT. “O partido está preparado para qualquer batalha, seja no 1º ou no 2° turno”, declarou. Para ele, não preocupa a arrancada recente de Marina Silva (PT) nas pesquisas e José Serra (PSDB) não conseguiu “galvanizar” quem estava descontente com a gestão de Lula no plano nacional. Do IG

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