Donaldson Gomes l A TARDE

Lúcio Távora/Agência A TARDE

Alcides Júnior cobra retorno pelo imposto pago: “A situação das estradas é péssima”

Alcides Júnior cobra retorno pelo imposto pago: “A situação das estradas é péssima”

Representantes do mercado automotivo baiano esperam uma nova redução na cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 2011. O motivo é o mesmo que levou os condutores baianos a pagarem menos pelo principal tributo que incide sobre o licenciamento dos carros: o preço dos veículos usados continua em queda. A Secretaria da Fazenda do Estado pretende definir o assunto entre o fim de dezembro e o início de janeiro, depois que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) fizer a pesquisa dos valores no mercado baiano.

A média nacional da própria Fipe confirma a tendência de uma queda leve para modelos populares, como o Uno e o Gol 2008, de 1,15% e 5,54%, respectivamente. No caso de modelos mais luxuosos, como o Honda Civic de mesmo ano, a queda de preço deve ser mais acentuada e chega a 11,8%. Para os comerciantes de carros, a desvalorização no Estado da Bahia é maior que a média brasileira e chega a  25% nos modelos mais luxuosos de veículos importados.

Com o fim do benefício do IPI reduzido para quem comprasse veículos zero, havia expectativa de que os preços dos veículos usados se recuperassem no decorrer deste ano. Mas a diferença nas taxas de juros para novos e usados continua favorecendo o mercado de carros novos, mantendo os usados em baixa.

Para o comerciário Alcides Junior, por maior que for a redução na cobrança do IPVA, ainda vai ser pouco. “O que é que nós recebemos de retorno pelos impostos que pagamos?”, questiona. Ele exemplificou a situação na fila do Detran, onde aguardou das 10h até as 15h para fazer a vistoria de um Prisma, pelo qual pagou R$ 823 de imposto. “A situação das estradas é péssima, não dão manutenção, por mais que baixe, ainda acho muito o que pagamos”, reclama.

A alíquota do IPVA é aplicada sobre 2,5% do valor de veículos leves e utilitários, à exceção dos movidos a óleo diesel. Neste caso, o imposto equivale a 3% do valor. Ônibus, micro-ônibus, caminhões, máquinas de terraplanagem, tratores, motos, motonetas, motocicletas e triciclos estrangeiros e nacionais pagam 1%, enquanto embarcações e aeronaves, contribuem com 1,5%.

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