da Folha

A polícia espanhola prendeu nesta quinta-feira, após um ano e meio de investigação, um brasileiro e um dominicano suspeitos de comandar uma rede de prostituição que usava redes sociais de internet –como Facebook e Twitter– para atrair brasileiros. Após chegarem na Espanha, eles eram obrigados a se prostituírem. Segundo a polícia espanhola, mais de cem brasileiros (entre mulheres e homens– alguns deles transexuais) entraram no país para serem explorados sexualmente.

A operação, que teve a colaboração de autoridades brasileiras, deteve outras 20 pessoas por favorecimento de imigração ilegal, crimes contra os direitos trabalhistas –relativos a prostituição– e associação ilícita. Outras 18 foram detidas por estarem ilegalmente na Espanha. As prisões ocorreram nas cidades de Fontcoberta, Mont-Ras, Medinyà e Girona, todas próximas a Barcelona, onde funcionavam os prostíbulos da organização.

Os criminosos emprestavam de R$ 6.000 a R$ 21.000 para os brasileiros que deveriam ser pagos com serviços sexuais. A dívida aumentava com o pagamento da moradia e do local onde se prostituíam (70 euros a diária), além de multas por mau comportamento, conta de luz, telefone e televisão. A dívida crescente, disse a polícia, “escravizava” as vítimas.

O governo brasileiro foi informado sobre a operação, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.

Em setembro, outra rede de prostituição foi desarticulada pela polícia espanhola, dos 19 detidos, 9 eram brasileiros.

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