Tatiana Ribeiro/Tribuna

 Um policial militar e um guarda municipal foram executados a em uma praça pública, em plena luz do dia, atrás da prefeitura de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. O soldado Ajadilson Lima Barreto, conhecido como “Pato Roco”, 44 anos, estava em companhia de Everton Cerqueira dos Santos, 29 anos, quando dois homens que desceram de uma caminhonete vermelha vieram em direção às vítimas, sacaram as armas e efetuaram vários disparos.

  Ajadilson e Everton não tiveram chance de reação e morreram no local. A polícia ainda não sabe quem foram os autores e qual a motivação do crime. O caso está sendo investigado pela 23ª Delegacia.

 

O crime ocorreu na Praça Martiniano Maia, centro de Lauro de Freitas. Várias pessoas presenciaram o homicídio, mas poucas quiseram relatar detalhes do caso. De acordo com o delegado Cláudio Meirelles, o duplo homicídio ocorreu por volta das 12 horas de ontem, e as vítimas foram surpreendidas pelo ataque.

“Uma das possibilidades é que o fato pode estar relacionado a alguma atividade criminosa. O policial já tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela 1ª Vara do Júri, por homicídio. Mas ainda é cedo para apontar ao certo qual a motivação do crime”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, em depoimento, testemunhas afirmaram que o policial e o guarda municipal estacionaram o veículo Corsa, preto, e ficaram parados na praça como se estivessem à espera de alguém. Minutos depois, três homens chegaram em uma caminhonete vermelha, sendo que dois desceram do veículo e o motorista teria ficado à espera deles. Ajadilson e Everton foram mortos com dez tiros.

Conforme Cláudio Meireles, o soldado usava o distintivo da polÍcia, e, a princípio, as vítimas não estariam armadas. Com eles, foram encontrados os objetos pessoais, carteira, celular, documentos de carro, extratos bancários e a quantia de R$ 1.035. O soldado Ajadilson era lotado no 18º Batalhão do Pelourinho, mas estava afastado devido ao processo que respondia. Segundo a Polícia Militar, ele foi afastado temporariamente da função de soldado em 2008, após ser julgado pela junta médica, em decorrência de problemas psicológicos.

No mesmo ano, ele foi preso por acusação de homicídio, permanecendo sob custódia no Batalhão de Choque até dezembro de 2009, quando foi solto por ordem judicial. Em maio deste ano, foi julgado incapaz de exercer a função policial. Ajadilson ainda respondia a feitos investigatórios na PM e inquérito civil sob acusação de sequestro, formação de quadrilha, posse ilegal de arma e homicídio. Com relação ao guarda municipal ainda não se sabe se ele tem passagem pela polícia.

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