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Quem não concluiu o ensino médio no Brasil teve menos problemas para encontrar emprego do que quem concluiu, segundo a pesquisa “Olhar sobre a Educação – 2010”, realidada pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e divulgada nesta terça-feira (7), com dados referentes a 2008.

A taxa de desemprego entre quem não concluiu o ensino médio ficou em 4,7%; já entre quem tinha esse diploma a taxa foi de 6,1%. Essa mesma tendência já era observada em 2007: à época, a taxa entre quem não tinha o ensino médio completo era de 5,6% e, entre quem havia obtido esse diploma, era de 7%.

A OCDE é formada por: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. Estão na fila para entrar no grupo: Estônia, Israel e Rússia. A OCDE ainda acompanha a evolução das economias de Brasil, China, Índia, Indonésia e África do Sul.

– Apenas no Brasil, Chile, México, na Grécia, Coreia do Sul e em Luxemburgo a falta de diploma do ensino médio não está associada a um risco maior de desemprego. Nesses países a taxa de desemprego é menor entre aqueles sem o ensino médio que entre aqueles que concluíram esse nível de ensino.

Embora a tendência seja a mesma nos dois anos, nos dois grupos de pessoas o desemprego diminuiu entre 2007 e 2008. Já no caso de quem tem o ensino superior completo, a taxa de desemprego se manteve igual nos dois anos, em 3,3%.

Salários

No que se refere a salários, no entanto, a falta do diploma do ensino médio está associada a ganhos baixos em todos os países da OCDE. Na média, apenas 3% dos trabalhadores sem esse grau de escolaridade ganham mais que o dobro do salário médio nacional; o Brasil, por sua vez, tem 5% desses trabalhadores ganhando mais que o dobro da média.

O lado negativo é que 26% dos trabalhadores sem ensino médio nos países da OCDE ganham menos que metade da média nacional, diz o estudo.

– Esse dado destaca a situação difícil do mercado de trabalho para aquelas pessoas com baixos níveis de educação.

Entre os países da OCDE, o diploma do ensino médio é considerado o mínimo para que o trabalhador tenha uma posição competitiva no mercado de trabalho, diz o documento.

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