BBC Brasil

Um ataque suicida matou pelo menos 51 pessoas e deixou mais de cem feridas em um centro de recrutamento do Exército iraquiano em Bagdá na manhã desta terça-feira, segundo o Ministério da Defesa do país.

O ataque alvejou instalações militares no bairro de Baab al-Muatham, no coração da capital iraquiana, no momento em que os recrutas faziam fila e aguardavam ser atendidos do lado de fora do edifício.

O correspondente da BBC em Bagdá, Hugh Sykes, disse que a área fica próxima de uma das principais estações rodoviárias da cidade e tem muito movimento no início da manhã.

Agências de notícias dizem que quatro hospitais de Bagdá confirmaram ter recebido vítimas, entre as quais estariam policiais e soldados que faziam a proteção do centro de recrutamento.

Violência
No passado, foram inúmeros os registros de ataques deste tipo no Iraque. A violência tem como finalidade dissuadir potenciais recrutas de entrar para as Forças Armadas iraquianas.

O incidente vem no momento em que os Estados Unidos trabalham em um cronograma para pôr fim às operações de combate no Iraque até o fim deste mês. As tropas serão retiradas até o fim do ano que vem.

Entretanto, há divergências sobre se as forças iraquianas estão prontas para assumir a segurança do país depois disso.

Os EUA mantêm 64 mil soldados no Iraque. Cerca de 50 mil permanecerão no país até o fim de 2011 para treinar as forças iraquianas e proteger os interesses americanos.

O número de civis mortos na violência dos ataques também é alvo de polêmica. No início deste mês, o governo iraquiano divulgou que 535 pessoas morreram em julho, com outras mil feridas.

Este é o pior resultado desde maio de 2008, quando pouco mais de 560 morreram em mortes violentas. No entanto, os EUA dizem que a estatística é exagerada.

Os americanos ressaltam que a violência no Iraque diminuiu desde o pico da violência sectária, em 2006-2007.

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