Do Globo Amazônia, em São Paulo
A divulgação dos resultados das pesquisas celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, que ocorre neste sábado (5). As pesquisas envolveram estudo de campo na Estação Ecológica Grão Pará – a maior das reservas analisadas, com 4 milhões de hectares – e em unidades de conservação criadas pelo estado em 2006, como a Paru, a Faro e a Trombetas, além da reserva biológica Maicuru.
Área estudada pelos pesquisadores fica próxima a países como Guiana Francesa, Guiana e Suriname.(Foto: MPEG/ Divulgação)
No total, os pesquisadores encontraram mais de 143 espécies distintas de peixes, 62 de anfíbios, 68 de répteis, 61 de mamíferos e 355 de aves. Também identificaram 653 espécies de árvores com flores e 125 de samambaias e avencas. De acordo com os cientistas, espécies novas foram encontradas em todos os territórios visitados, mas ainda falta classificá-las.
Uma delas é a do sapo Dendrobates tinctorius, cuja coloração pode despertar interesse no mercado de espécies ornamentais fora do Brasil, principalmente na Europa, Estados Unidos e Japão, segundo os pesquisadores.
Com forte coloração, o sapo Dendrobates tinctorius pode despertar interesse no mercado de espécies ornamentais fora do Brasil. (Foto: MPEG/ Divulgação)
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Entre as espécies de aves encontradas, 70 são consideradas raras por só existirem na região, como a Tangara guttata (saíra pintada) e a Tangara varia (saíra carijó). Outras aves estão ameaçadas de extinção, segundo os cientistas, como a Aratinga pintoi, mais conhecida como cacaué.
Um terço dos mamíferos identificados também estão ameaçados de extinção, como é o caso da onça pintada, da onça parta, da ariranha e do tatu-canastra.
Entre as plantas, cinco espécies são consideradas ameaçadas no Pará: a muirapuama, o angelim, a araracanga, a maçaranduba e a itauba.