Ana Cristina Oliveira, da sucursal de A TARDE
Ponto alto do festival, a “Feira do Chocolate” traz 24 estandes com expositores variados, em que chama a atenção a quantidade de produtos fabricados na região, de variados sabores, seja puro, com frutas cristalizadas ou em cascatas, como cobertura de morangos e outras frutas frescas. O evento traz ainda a “Jornada do Chocolate”, que oferece palestras, workshop e mini-cursos sobre produção de chocolate e meio ambiente. E, para a criançada, o festival reservou o “Planeta Chocolate”, com atrações que chegam a juntar 150 crianças em um mesmo espaço.
Negócios – Na abertura do festival, na noite de quarta-feira, foi assinada a criação de Cooperativa da associação de Produtores de Cacau, e uma empresária de São Paulo firmou contrato de financiamento com o Banco do Nordeste para investir em uma fábrica de chocolate no distrito de Rio de Engenho, em Ilhéus. A expectativa de gerar negócios levou algumas empresas, como a “Chocolate Caseiro”, a duplicar o estande.
Expositores que no ano passado venderam 5 mil unidades de chocolate nos quatro dias de festival têm a expectativa de aumentarem em 25% as vendas este ano. Um deles é a pequena empresária Marly Brito, da Café Cacau, que participa do evento desde o ano passado e acredita que até amanhã ultrapasse as 3,5 mil trufas comercializadas no ano passado.
Segundo Marcos Lessa, diretor da M-21, empresa organizadora, o chocolate é um chamariz e está atraindo para o festival empresários do turismo e produtores de frutas cristalizadas, de palmito e outros do agronegócio regional. O empresário paulista, Adriano Sartori, diretor da JAF inox, empresa responsável pela introdução de pequenas fábricas de chocolate na Bahia e no País, diz que no ano passado negociou duas unidades, que geraram este ano a implantação de outras sete na região, uma delas na Ceplac, para fabricação de chocolate gourmet e análise de variedades de cacau.
Ele tem expectativa de fechar a venda de mais duas unidades e iniciar negociações para outros dez projetos, sem contar a venda de ítens menores, como as cascatas de chocolate, temperadeiras compactas e derretedeiras, além de promover a qualidade do produto regional, distribuindo provas com os visitantes. “Os cacauiculrores já estão percebendo que não há limitações para fabricar chocolate com tecnologia nacional de alta qualidade, fazendo da região sul da Bahia uma produtora de chocolate e não apenas uma vendedora de commoditie”, afirma Sartori.