Mariacélia Vieira/ Tribuna da Bahia

 Continua uma incógnita o paradeiro de Camila Pedreira Frias, 21 anos, mãe da criança encontrada dentro de carro, em condomínio da Avenida Paralela. Os policiais se movimentam. As delegadas conjecturam, mas pistas palpáveis são escassas. A delegada de Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca), Laura Argolo, quer a participação da população para descobrir o paradeiro de familiares ou mesmo de Camila, mãe de R.P.F., de um ano e um mês, abandonado na noite da última segunda-feira no estacionamento do condomínio Paralela Parque, dentro do Eco Sport placa HSI-4189, de uma concessionária paulista.

 Uma denúncia teria chegado à Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), apontado o suposto paradeiro da mãe do garoto. Ela estaria acompanhada de quatro homens, em um veículo, na Estrada do Coco, na região de Portão, na noite de terça-feira. A polícia teria enviado equipes, mas a jovem não foi encontrada.

 Durante toda a tarde de ontem, a titular de Homicídios, Francineide Moura, esteve em reunião na Secretaria da Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia, conforme justificaram a ausência da  delegada os agentes que trabalham na recepção da delegacia, no Complexo dos Barris.

 Algumas informações de que o caso poderia estar ligado à traficante Siliane Santos Santana, 31 anos, presa na última sexta-feira na 1ª Delegacia, com lote de pasta base de cocaína trazido de São Paulo, foram descartadas por policiais que trabalham na investigação do caso. Equipes da DH, por volta das 14 horas, deixaram o Complexo dos Barris em diligência, mas até o início da noite nenhum resultado havia sido divulgado e sequer a delegada retornado.

 Rumores de que, advogados de parentes da criança teriam procurado o Juizado de Menores, também foram descartados pelo assessor de planejamento Durval Baraúna. “Se vierem, devem fazê-lo munidos de toda a documentação que os permita representar a família, e até o momento ninguém apareceu”, disse ele, às 17h10.

 Sobre a utilização pela imprensa de fotos da criança, Baraúna informou que de acordo com a Lei 12010, de agosto de 2009 e que entrou em vigor no mês de novembro, as crianças não devem ser expostas, nem em casos como esses, onde são vítimas. “Antigamente colocávamos as fotos de crianças abandonadas, na tentativa de localizar algum parente. Agora isso não é permitido”, argumentou.

 Uma emissora de televisão teria feito contato com um primo de Camila, em Mauá. Mas ele teria dito que há muito tempo não tinha contato com a prima. A titular do Dercca aguarda informações da polícia paulista, bem como resultado da perícia feita no carro pela Polícia Técnica. Denúncias podem ser feitas pelos telefones 190, 3235-0000, ou 3116-2152.

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