FLORIANÓPOLIS – Um médico de Joaçaba, em Santa Catarina, está sendo procurado pela polícia. Ele teve a prisão temporária decretada na sexta-feira pelo juiz da comarca local, Ademir Wolf, suspeito de praticar atos libidinosos durante a consulta a duas pacientes. O agravante é que ambas estariam grávidas.

O promotor criminal de Joaçaba, Protásio Campos Neto, disse que a primeira denúncia contra o ginecologista de 66 anos ocorreu em fevereiro de 2008. O caso tem audiência de julgamento marcada para novembro.

A segunda denúncia ocorreu em janeiro. A vítima, que estava deitada na maca, teria flagrado o médico se masturbando enquanto fazia o exame ginecológico.

– Com base na reiteração pedimos a prisão preventiva – argumenta o promotor.

O médico está sendo denunciado por violação sexual mediante fraude, crime em que a pena varia de dois a seis anos de reclusão.

Para o promotor, o sumiço do médico desde sexta-feira é preocupante, já que ele tem dupla nacionalidade, brasileira e boliviana.

O delegado da Polícia Civil Maurício Pretto afirma que desde sexta-feira o médico não foi encontrado nem no consultório, nem em sua casa. Familiares informaram que ele estaria viajando e retornaria na próxima semana.

Pretto diz que além das duas pacientes que denunciaram há uma testemunha que afirma ter sido importunada pelo mesmo médico. O delegado acredita que há mais vítimas que não fizeram a denúncia por constrangimento.

O integrante do Conselho Regional de Medicina, Elcio Bonamigo, diz que foi aberta uma sindicância para apurar as atitudes do profissional. O médico deve ser intimado a esclarecer a denúncia. Se for comprovada, as penas variam de censura pública a cassação do registro profissional.

Bonamigo considera que as acusações contra o médico são graves e, se forem comprovadas, podem gerar a pena mais rígida.

O Globo

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