Jerusalém, 16 mar (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, ao visitar o Museu do Holocausto israelense, que “a humanidade deveria repetir todos os dias, tantas vezes quanto forem necessárias: ‘Nunca mais, nunca mais, nunca mais'”.

No segundo dia de sua visita oficial a Israel, o governante brasileiro foi ao ponto turístico usando um quipá.

Lula e a mulher, Dona Marisa Letícia, percorreram as instalações acompanhados do presidente de Israel, Shimon Peres, e de um rabino.

No Salão da Memória, cujo chão traz os nomes dos 22 campos de extermínio nazista, Lula acendeu uma chama em memória dos seis milhões de judeus mortos durante o nazismo e depositou uma coroa de flores com as cores da bandeira do Brasil.

Durante o ato, um pequeno coro feminino entoou uma canção. Depois, um cantor litúrgico vestido com o tradicional manto judeu fez uma oração fúnebre enquanto Lula e o resto das pessoas presentes faziam um momento de silêncio.

Em seguida, o presidente brasileiro conheceu o Memorial das Crianças, onde assinou o livro de convidados junto com a mulher e recebeu um outro do museu.

“Acho que a visita ao Museu do Holocausto deveria ser quase obrigatória para todos os seres humanos que queiram dirigir uma nação”, disse Lula, que assegurou que a experiência faz com que qualquer um saia dali “com a certeza do que pode acontecer quando a irracionalidade se apodera do ser humano”.

A visita ao museu Vashem é “necessária para reafirmar que todos os que lutamos pela democracia e os direitos humanos não podem, de modo algum, permitir que volte a ocorrer algo como o Holocausto”.

“A humanidade não pode permitir isso e deveria repetir todos os dias, tantas vezes quanto forem necessárias: ‘Nunca mais, nunca mais, nunca mais'”, acrescentou.

Ainda hoje, também em Jerusalém, Lula visitará a Universidade Hebraica. Só depois ele irá para a cidade cisjordaniana de Ramala, onde, à tarde, se encontrará com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

O chefe de Estado brasileiro pernoitará em Belém, um gesto incomum entre dignatários estrangeiros. Nessa cidade, ele conhecerá a Basílica da Natividade, construída sobre o lugar onde, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus Cristo.

Lula também vai depositar uma coroa de flores no túmulo do histórico líder palestino Yasser Arafat, que morreu em 2004.

EFE

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