Tribuna/Fernanda Chagas

 A menos de 15 dias para o tão esperado pleito, a disputa para o Senado baiano, segundo mostram as pesquisas, ao contrário da disputa estadual que aponta vitória do governador Jaques Wagner (PT) no primeiro turno, encontra-se cada vez mais acirrada. De acordo com a última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 13 e 14, o republicano Cesar Borges (PR), que busca a reeleição, caiu de 31% com 29%, enquanto a socialista Lídice da Mata (PSB), manteve 28% e Walter Pinheiro (PT), registrou 27%, o que configura um cenário tecnicamente empatado.  Na pesquisa anterior, de 9 de setembro, os índices eram 31%, 28% e 26%, respectivamente, que já caracterizando o empate técnico.

A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.  José Ronaldo (DEM) oscilou um ponto para cima e agora tem 11%. Edvaldo Brito (PTB) tem seu índice inalterado em 9%, e José Carlos Aleluia (DEM), que tinha chegado a 11% na pesquisa anterior, volta a 7%.

Entre os eleitores baianos, 15% afirmam votar em branco para uma das vagas, e 10% para as duas. Estão indecisos quanto a um voto 34%, e 24% ainda não decidiriam nenhum dos votos para o Senado.

Lídice não esconde a satisfação. “A eleição para o Senado vai ser igual a corrida de cavalo. Eu e Pinheiro começamos lá atrás, fomos passando todo mundo e já estamos assumindo a dianteira. Só que nós temos o pescoço mais comprido, que é a força da nossa militância”, comemorou, complementando que “o tufão do voto casado vai varrer a Bahia”.

Otimismo – Walter Pinheiro, assim como ela, se mostra bastante otimista. “Vamos tirar os dois senadores que estavam lá jogando contra o presidente Lula e contra Wagner e vamos colocar dois senadores que são a favor do povo. Não vamos ficar deitados na rede esperando a vitória chegar em 3 de outubro. Vamos às ruas buscar voto por voto para fazer um resultado ainda melhor que o das pesquisas”.

tendência – O coordenador político da campanha da coligação “Pra Bahia Seguir em Frente”, Luiz Caetano, prefeito de Camaçari, lembrou ontem, as afirmações que vêm fazendo, segundo as quais Pinheiro e Lídice assumirão a liderança da corrida para o Senado antes de 3 de outubro.

“Esta situação de empate técnico vem ocorrendo há três semanas, sempre com o concorrente que tinha a liderança perdendo pontos, enquanto os nossos candidatos mantêm a tendência de crescimento.

Agora é só uma questão de tempo porque a vitória está assegurada e o adversário já começa a fazer água”, disse ele, ressaltando que até “voto casado” começaram a pedir. A estratégia apresenta ótimos resultados “porque, além de termos os melhores candidatos, é respaldada também em outros dois nomes muito fortes, os de Wagner e Dilma. Qual é o nome forte que eles têm?”, ironizou Caetano.

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