Uma série de explosões matou ao menos 25 pessoas e deixou outras 100 feridas durante ataques a bomba nesta sexta-feira em um bairro xiita de Bagdá, de acordo com autoridades locais, informou a Reuters.
Os números podem aumentar, já que a agência Efe chega a mencionar 29 mortos e a France Presse indica 32 vítimas fatais.
Os ataques ocorrem quatro dias após os militares iraquianos terem anunciado a morte de dois líderes da Al Qaeda, o que representou uma baixa importante para os insurgentes.
Os dois chefes da Al Qaeda no Iraque, Abu Omar al Bagdadi e Abu Ayub al Masri, morreram em um enfrentamento com agentes de inteligência ao norte de Bagdá, anunciou na segunda-feira o primeiro-ministro Nuri al Maliki.
Agentes da inteligência iraquiana, com a ajuda de militares americanos, mataram os dois militantes na Província de Salaheddin, informou Maliki, mostrando fotografia dos dois terroristas antes e depois do tiroteio.
O General Raymond Odierno, do exército americano, confirmou as mortes e disse que o fato representa o maior impacto à organização terrorista Al Qaeda desde o início da militância dos insurgentesm, informou a agência Associated Press.
De acordo com o exército dos EUA, os dois líderes foram mortos em combates realizados na noite de domingo próximo à Tikrit, cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein.
Os anúncios foram feitos em um pronunciamento pela TV, mas oficiais americanos não tinham verificado as informações imediatamente.
Momento instável
A eleição de 7 de março, ainda em discussão, não produziu um vencedor definitivo até o presente momento.
Negociações sobre a formação de uma coalizão de governo que possa indicar o próximo premiê devem levar semanas ou até meses, e ocorrem em paralelo a uma série de ataques e ameaças de insurgentes liderados por facções sunitas.
De acordo com o jornal americano ‘The Washington Post’, ainda nesta segunda-feira, oficiais eleitorais iraquianos atenderam ao pedido do premiê e indicaram que vão recontar manualmente os votos de Bagdá realizados durante as eleições parlamentares de março.
A decisão deve levantar dúvidas sobre a independência do sistema judiciário do Iraque e prolongar a formação de um novo governo, diz o jornal.
Com Reuters, France Presse e Efe/Folha