A Tarde

A polícia de Caatiba, a 596 km de Salvador, prendeu o professor secundarista Paulo Geovane Brito Santos, de 23 anos, nesta terça-feira, 9, em flagrante sob a acusação de pedofilia. As vítimas foram duas adolescentes de 13 anos, alunas da rede municipal.
Com a prisão, os policiais acreditam ter chegado ao líder de uma falsa seita religiosa que aliciava menores de idade em troca de suposta proteção policial, política e de favorecimento na escola.
Conforme as informações da polícia, o professor usava vários argumentos para atrair suas vítimas, dentre eles o da seita, batizada por ele de “A Família”. A adolescente que aceitasse ingressar na “irmandade” receberia “imunidade e vantagens”, como boas notas escolares, cobertura policial em qualquer situação e até respaldo político.
Em troca, conforme investigações, a garota abriria mão da virgindade para o professor. Pelo menos duas supostas vítimas confirmaram o teor da apuração e já depuseram contra Santos, preso sob forte esquema de segurança.
O acusado optou pelo silêncio desde que foi preso. Segundo o delegado de polícia local, Roberto Júnior, ele disse que só irá se pronunciar depois da orientação de um advogado e na presença da juíza Lázara Abadia. Até o momento nenhum defensor se apresentou para acompanhar o caso.
“Acreditamos que existam outras vítimas, já que ele lecionava na cidade há três anos e certamente já vinha praticando os crimes”, assinalou o delegado. O mandado de prisão temporária expira em 30 dias, mas o policial adiantou que irá representar pela preventiva, com base nas provas já colhidas até então.

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