Tribuna/Cristiane Felix
Lentidão e falta de segurança. As principais queixas dos motoristas que trafegam pela BR-116 sul, a rodovia Rio-Bahia, foram rebatidas pela ViaBahia, concessionária que administra o trecho. A cobrança do pedágio em seis pontos da rodovia foi iniciada no começo de dezembro e tem sido foco de protestos principalmente por parte dos caminhoneiros, que têm sofrido com acidentes e assaltos nas praças de pedágio e cobram por melhores condições. A empresa garante que adotou medidas para evitar que os mesmos transtornos aconteçam na BR-324, trecho de Amélia Rodrigues, onde o pedágio começou a ser cobrado desde a zero hora de hoje.
Aprovada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), a cobrança da taxa de pedágio na praça de Amélia Rodrigues, BR-324, começou a vigorar nesta madrugada. Em entrevista coletiva realizada na tarde de ontem, o presidente da ViaBahia, Sérgio Santillán, deu detalhes sobre o início da cobrança. A partir de agora, motoristas de veículos pequenos, caminhonetes e furgões passam a pagar R$1,60 para transitar pela rodovia. Esta é a primeira de duas praças de pedágio que devem funcionar no trecho da rodovia que liga Salvador e Feira de Santana. A segunda, localizada em Simões Filho, já está pronta e aguarda autorização da ANTT para começar a cobrar.
“A localização dos pedágios, tanto na BR-324 quanto na BR-116, foi delimitada pela Agência dentro do plano de concessão após um estudo de viabilidade econômica e de mercado realizado pelo Ministério dos Transportes”, explicou Santillán. As tarifas variam de R$ 0,80, para motocicletas e bicicletas moto, a R$ 14,20 para caminhão com reboque ou caminhão-trator com semirreboque (a depender da quantidade de eixos). Dessa forma, um motorista de carro pequeno que fizer uma viagem de ida e volta entre Salvador e Feira de Santana deve desembolsar R$ 6,40. A concessionária alerta que não haverá qualquer tipo de isenção para moradores dos municípios do entorno e que apenas veículos oficiais, devidamente identificados, terão trânsito livre.
De acordo com a ViaBahia, já foram investidos até agora R$ 148 milhões nos 680 quilômetros de concessão – que além das rodovias federais inclui também as BAs 526 e 528. As obras compreendem faixa de domínio, pavimentação, acostamento, sinalização, equipamentos de resgate, monitoramento, segurança, entre outros.
TRANSTORNOS – Desde o dia 7 de dezembro, constantes engarrafamentos e insegurança na BR-116 têm gerado protestos de motoristas e, principalmente, caminhoneiros. A concessionária nega que a falta de estrutura seja responsável pelos transtornos e afirma que os problemas foram gerados por uma sucessão de acidentes e incidentes que, somada ao aumento do fluxo que veículos, culminaou nos engarrafamentos. A Viabahia garante que na BR-324 medidas foram adotadas para evitar problemas semelhantes: aumento do número de cabines, treinamento de pessoal e cobrança eletrônica.
