A Polícia acredita que outras duas pessoas podem estar envolvidas no assassinato da advogada Mércia Nakashima, encontrada morta em uma represa do interior de São Paulo. O Jornal da Band teve acesso exclusivo a detalhes da investigação, em que uma nova testemunha confirma a participação do ex-namorado de Mércia e de um segurança que está foragido no assassinato.
Até agora, a Justiça decretou a prisão somente de um suspeito, o segurança Evandro Bezerra Silva – ainda foragido. Os policiais ainda consideram o ex-namorado da vítima, Mizael Bispo de Souza, como o possível mandante do homicídio. No pedido de prisão temporária, negado pelo judiciário, o delegado do caso apontou indícios do envolvimento do PM aposentado.
Entre as pistas, está o fato de Mizael não se conformar com o fim do relacionamento com a advogada. E também pelo carro dele ter passado a poucos metros da casa da avó de Mércia, no dia em que ela desapareceu. Os investigadores acreditam que um novo depoimento reforça ainda mais a suspeita contra Mizael.
Nova testemunha
Com exclusividade, a equipe do Jornal da Band conseguiu uma cópia da declaração de um homem que está sob proteção. Ele afirma que no início do mês de maio foi procurado por Evandro Bezerra, que alegava estar passando por dificuldades financeiras.
O segurança teria dito que uma pessoa estaria lhe oferecendo R$ 5 mil para que fizesse “uma coisa errada”. E esta pessoa seria o “cabo Bispo”. A testemunha contou ainda que, quase um mês depois da morte de Mércia, recebeu um telefonema de Evandro que dizia: “preciso falar com você urgente, pois não confio nas pessoas que ajudei.”
Mais um suspeito
O depoimento da testemunha leva a polícia a suspeitar do envolvimento de mais uma pessoa no crime – um homem que teria ajudado a planejar o assassinato. O Departamento de Homicídios acredita que além do mandante e do executor, existem ainda outros dois co-autores do homicídio.
Um frentista do posto de combustível onde Evandro trabalhava disse em depoimento que em maio Mizael se encontrou com o segurança Evandro Bezerra quase todos os dias. E que as conversas duravam de 30 minutos à uma hora e meia. A polícia ainda aguarda resultados dos exames periciais para fazer novos pedidos de prisão.
Redação: Bárbara Forte/Eband
