PMDB declarou que a meta é eleger 22 parlamentares na sua coligação. Para tanto, os aliados foram aglutinados em duas chapas

Tribuna da Bahia

O prazo para fechamento das chapas majoritárias e proporcionais está próximo, já que o registro deve ser feito no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) até o dia 5. No entanto, os bastidores das coligações fervilham de costuras e prognósticos. De acordo com o cientista político Paulo Fábio Dantas, fatores como regionalização dos candidatos, representatividade e tempo no horário eleitoral de rádio e tevê são fundamentais para aglutinação dos partidos. Outro fator destacado pelo especialista é a quantidade de votos de cada legenda.

O PT e o PMDB, partidos com o maior número de composições, estabeleceram estratégias similares na formação das proporcionais. Os aliados do governador Jaques Wagner devem sair em três blocos. Segundo o presidente do PT, Jonas Paulo, nada está resolvido ainda. Contudo, o dirigente do PCdoB, Daniel Almeida, garantiu que seu partido vai sair sozinho para a disputa.

Na atual composição, o PT, PP, PDT e o PRB saem juntos. Jonas Paulo revelou que seu partido pretende eleger 14 parlamentares no pleito deste ano. A bancada petista na Assembleia Legislativa é formada atualmente por dez deputados. O PP deseja manter o número de parlamentares e crescer, se possível, uma ou duas cadeiras. Já o PDT, que tem o presidente da Casa, Marcelo Nilo, além de outros cinco, deseja alçar voos mais altos.

Restando entre os partidos da base do governo a chapa formada por PSB e PSL, cada uma tem um parlamentar atualmente na Casa. Paulo Fábio Dantas acredita que a composição demonstra claramente as preferências petistas e que diante deste cenário o partido mais prejudicado é o PSB, embora os socialistas tenham um dos candidatos ao Senado, com Lídice da Mata. Nesta equação, para o especialista, PP e PDT são os beneficiados. “O PCdoB já tem uma estrutura que permite sair sozinho sem prejuízos”, ressalta o especialista.

De fato, os comunistas estão otimistas para a disputa, na qual vão concorrer 42 candidatos do partido para a Assembleia. “Achamos possível eleger quatro ou cinco deputados. Baseamos nossa meta na votação que tivemos na eleição passada, cerca de 240 mil, com as projeções que o ganho de espaços institucionais no interior nos dá”, afirmou Daniel Almeida.

Para se ter uma ideia da diferença entre as legendas, o Partido dos Trabalhadores trabalha com a estimativa de 1,5 milhão de votos. Se esta projeção for confirmada nas urnas, o PT garante 13 cadeiras na Assembleia, sem somar os votos dos outros partidos. Líderes das legendas aliados garantem que tudo está sendo feito no sentido de garantir maioria governista na Casa durante o próximo mandato.

PMDB quer eleger 22 deputados

De outro lado, o PMDB declarou que a meta é eleger 22 parlamentares na sua coligação. Para tanto, os aliados foram aglutinados em duas chapas. A primeira é composta pelo PMDB, PR e PSC – as três legendas contam com 17 deputados na Assembleia. O outro grupo, formado por nove partidos, tem seis representantes na Casa. Caso seja confirmada a projeção do bloco encabeçado pelo PMDB, serão 28 os deputados no Legislativo estadual.

Assim como no cenário nacional, o DEM e o PSDB continuam mostrando falta de entrosamento no cenário regional. Na majoritária, uma vaga para o Senado continua em aberto. Na proporcional, os tucanos declararam que nenhuma coligação é possível, e, mesmo diante das pressões dos democratas, não mudaram a decisão.

O presidente do PSDB na Bahia, Antonio Imbassahy, enfatizou que o partido deseja aumentar o quadro na Assembleia e para isso vai lançar 46 nomes para a disputa no estado. O deputado tucano Sérgio Passos revelou que o partido deve eleger pelo menos quatro.

Na opinião do cientista político Paulo Fábio Dantas, esta é a melhor alternativa para as duas legendas. No entanto, os democratas estão apreensivos. Com a maior bancada da Casa, com doze parlamentares, o DEM precisa de cerca de 1,4 milhão de votos para manter o quadro.

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