Valmar Hupsel Filho l A TARDE

Iracema Chequer/Agência A TARDE

Para Saul Quadros, os advogados precisam de mais tempo para verificar os documentos

Para Saul Quadros, os advogados precisam de mais tempo para verificar os documentos

Depois de ficar 37 dias sem poder ter acesso a processos na Justiça em função da greve dos servidores do Judiciário, advogados conseguiram, com a presidência do Tribunal de Justiça da Bahia, mais tempo para estudar os documentos. Em vez de ter início a partir do último dia 16, como inicialmente estava estabelecido, a contagem dos prazos processuais foi adiada para a próxima segunda-feira, 21 de junho.

A determinação da presidente do TJ-BA, Telma Britto, atende a uma solicitação da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Bahia. “Havia um acúmulo de processos para o advogado ter vista. Era impossível cumprir os prazos”, observa o presidente da OAB-BA, Saul Quadros. Segundo ele, as consequências do não adiamento “seriam terríveis, muito prejudiciais ao trabalho do advogado”, ressaltou.

O restabelecimento dos prazos dos processos judiciais foi oficializado a partir da publicação do Decreto 261/2010 no Diário da Justiça Eletrônico. No decreto, a presidente do TJ-BA, desembargadora Telma Britto, justifica a decisão “considerando o expediente encaminhado a esta Presidência pela Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Bahia, que faz ponderações sobre a necessidade de prazo suplementar para organização e diligenciamento dos processos, em face da greve dos servidores do Poder Judiciário”.

Greve – Os prazos processuais foram suspensos no dia 15 de maio, uma semana depois do início da greve dos serventuários da Justiça, que cruzaram os braços entre os dias 7 de maio e 14 de junho.

Os servidores reivindicavam principalmente a desoneração da folha salarial, que empurrava as contas do Judiciário baiano para os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (5,7% da Receita Corrente Líquida do Executivo com gastos com pessoal) e a extinção dos benefícios conhecidos como adicional de função –  apontados como a principal causa dos chamados supersalários de até R$ 52 mil para os “apadrinhados”.

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