Cristãos foram atacados durante culto dominical em Burkina Faso (foto representativa)

Cristãos foram atacados durante culto dominical em Burkina Faso (foto representativa)

No último domingo, 25 de fevereiro, 15 cristãos foram mortos durante um ataque a uma igreja na aldeia de Essakane, em Burkina Faso. O líder cristão responsável pelas igrejas da região, Jean-Pierre Sawadogo, afirmou em um comunicado que 12 pessoas foram mortas instantaneamente e outras três faleceram no hospital. “Nesta dolorosa circunstância, convidamos todos a orar por aqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pela consolação dos corações enlutados”, afirma o documento.

De acordo com informações locais, homens armados invadiram a igreja e atiraram contra os cristãos durante o culto. Um oficial da comunidade garantiu que os assassinos eram suspeitos de pertencer a um grupo de extremistas islâmicos.

Violência de jihadistas

O site de notícias africano Defense Web explicou que os ataques jihadistas afetam países como Mali, Burkina Faso e Níger, em menor grau. A zona tríplice de fronteira, chamada de Liptako-Gourma, é a mais propensa a ação de jihadistas. Após a saída das tropas francesas dos dois países, o centro do Mali e o Norte de Burkina Faso tornaram-se os locais dos piores ataques.

A onda de violência forçou o deslocamento de pelo menos 2 milhões de pessoas. Isso quer dizer que um em cada dez cidadãos precisou fugir de sua casa e comunidade por causa da ação de grupos extremistas. Cerca de 800 mil pessoas estão cercadas por áreas dominadas por grupos radicais.

Burkina Faso foi conhecida pela tolerância religiosa e pelo bom convívio entre seguidores de Jesus e muçulmanos. “Os cristãos foram desproporcionalmente impactados pela crescente insurgência no Norte do país, com igrejas e comunidades cristãs como alvos nos ataques, enquanto muçulmanos que não estão do lado dos grupos extremistas islâmicos também sofreram muito”, explica Jo Newhouse, porta-voz do trabalho da Portas Abertas na África Subsaariana.

Desde 2019, a Portas Abertas trabalha com os cristãos perseguidos em Burkina Faso. O objetivo é capacitar as igrejas a responder biblicamente à perseguição, oferecer socorro e cuidados pós-trauma.

Fonte: Portas Abertas

Compartilhe