Os ataques começaram após dois cristãos serem acusados de blasfêmia (foto: AP/K.M. Chaudary)

Os ataques começaram após dois cristãos serem acusados de blasfêmia (foto: AP/K.M. Chaudary)

Cristãos no Paquistão, o 7° país da Lista Mundial da Perseguição 2023, contam com nossas orações. Extremistas islâmicosatacaram mais de 15 igrejas e também muitas casas de cristãos. Os ataques aconteceram na cidade de Jaranwala, no estado de Punjab, depois que dois cristãos foram acusados de blasfêmia. Centenas de homens se uniram e deixaram um rastro de destruição, até mesmo um cemitério foi alvo dos ataques.

“Os ataques foram violentos e implacáveis. Discursos anticristãos foram proclamados em mesquitas e transmitidos por toda a cidade de Jaranwala. Em um piscar de olhos, a multidão foi de 100 para quatro mil pessoas de várias comunidades próximas de Jaranwala”, conta Peter (pseudônimo), um cristão local. Grupos de direitos humanos e alguns portais de notícias estimam que ao menos oito igrejas foram incendiadas, além de inúmeras Bíblias e casas.

Acusação de blasfêmia  

As acusações de blasfêmia são usadas com frequência para oprimir grupos minoritários no Paquistão. Se um cristão de origem muçulmana recebe esse tipo de acusação por deixar o islã para seguir a Cristo, pode até ser condenado à morte.  

Multidões podem se reunir enfurecidas e atacarem os acusados de abandonar o islã mesmo antes de serem julgados e condenados em tribunal. “Esses ataques são sistemáticos, violentos e, em muitos casos, incontroláveis. Ao analisar os últimos anos, a frequência e proporção deles parecem ter aumentado”, afirmou o Comissário de Direitos Humanos do Paquistão à agência de notícias Reuters.  

Além de mobilizar a igreja global em oração pelos cristãos locais, a Portas Abertas está convocando a comunidade internacional a se posicionar diante dos perigos que os cristãos estão enfrentando no Paquistão. “Ninguém deveria viver com medo de multidões incontroláveis que se reúnem para matar e destruir. Precisamos que a comunidade internacional dialogue com o governo paquistanês para elaborar planos concretos que solucionem os problemas que os ataques brutais das multidões têm causado aos cristãos”, afirma um colaborador da equipe de advocacy da Portas Abertas.

Violência premeditada 

Cristãos locais suspeitam que a rapidez com que as multidões se reuniram tenha sido resultado de vazamento de informação. O primeiro relatório da investigação sobre a acusação de blasfêmia dos dois cristãos foi liberado poucas horas antes de a violência começar.  

“Não foi uma coincidência as mesquitas de toda a cidade ouvirem ao mesmo tempo o discurso anticristão que causou as manifestações violentas. Como todas as mesquitas souberam da informação ao mesmo tempo? Como eles conseguiram reunir tantas pessoas se não tinham planejado tudo previamente?”, questiona um cristão local.

“Ninguém está respondendo nossas perguntas, mas nós vamos esperar pela justiça”, conclui o cristão. Um líder cristão, cujo nome não pode ser divulgado por questões de segurança, disse que “esse foi um exemplo de perseguição premeditada contra nós, a minoria. Se os extremistas estavam emocionalmente instáveis e incapazes de se controlar, como fizeram pouco tempo antes o registro da investigação dos cristãos acusados?”. 

Hoje, passadas 24 horas do início dos ataques, 146 pessoas foram presas pelas autoridades paquistanesas, que começaram a investigar a situação. O primeiro-ministro paquistanês afirmou nas redes sociais que “duras punições serão tomadas contra os que violarem a lei e perseguirem as minorias”.  

Você pode fazer a diferença na vida dos nossos irmãos e irmãs na fé perseguidos com sua oração. Veja os pedidos a seguir.  

Pedidos de oração 

  • Peça a Deus que proteja e console os cristãos atacados.  
  • Ore para que em breve as igrejas e casas destruídas sejam reconstruídas.  
  • Rogue pelos cristãos acusados de blasfêmia que correm o risco de receberem pena de morte.  
  • Ore para que as multidões cegas pela ira e pelo ódio sejam alcançadas pela luz e pela graça de Cristo.

    Fonte: Portas Abertas

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