A polícia identificou o líder que planejou o ataque (foto representativa)

A polícia identificou o líder que planejou o ataque (foto representativa)

Há uma semana, uma família cristã estava organizando o memorial do filho caçula, que faleceu há dois anos na Província do Sul, no Sri Lanka. O filho caçula faleceu durante a pandemia de COVID-19 e todos os anos os parentes se reúnem para agradecer a Deus pelo tempo que tiveram com o menino antes do falecimento e para encontrarem consolo unidos, como família.  

 A polícia descobriu que uma multidão liderada por um monge budista radical planejou um ataque e alertou a família e o pastor local, Thivanka. O pastor tentou ir ao vilarejo, mas foi impedido pela polícia. Apenas depois da confirmação da polícia de que protegeria os cristãos, ele desistiu de ir ao vilarejo e voltou para casa.  

 Vulneráveis 

“Ir ao vilarejo não é o problema. A casa dessa família fica em um dos extremos da comunidade. Para chegar lá, precisamos estacionar a moto e fazer boa parte do caminho a pé, o que nos torna vulneráveis a ataques”, contou o pastor para um parceiro local da Portas Abertas.  

 Assim que chegou em casa, o pastor Thivanka fez uma chamada de vídeo com os cristãos e realizou o memorial de modo remoto e a multidão irada teve o ataque frustrado. No entanto, alguns dias depois, a multidão foi para a entrada da casa dos cristãos e ameaçou expulsá-los do vilarejo se não parassem de adorar a Jesus.  

 Minoria marginalizada 

Além de morarem em um vilarejo de maioria budista, os cristãos são perseguidos porque fazem parte da minoria étnica tamil que trabalha nas plantações de chá, uma das funções mais menosprezadas no Sri Lanka.  

 Todas essas características tornam a comunidade cristã ainda mais vulnerável. Por anos, muitos deles não tinham documentos, nem terras próprias para cultivar e construir casa. Por isso, quando o governo ofereceu alguns terrenos no vilarejo, eles esperavam um novo começo e se sentiram imensamente abençoados.  

 Se forem expulsos de novo, eles voltarão a viver à margem da sociedade, na miséria. É uma ameaça difícil de ignorar. “Não posso ir ao vilarejo há algum tempo. Dividi as famílias em três igrejas domésticas e designei líderes para cuidarem delas em minha ausência”, conta o pastor Thivanka. Por favor, ore por essas famílias perseguidas.

Fonte: Portas Abertas

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