As ilhas Maldivas são um destino turístico paradisíaco

  • Tipo de Perseguição: Opressão islâmica e paranoia ditatorial
  • Capital: Malé
  • Região: Sudeste Asiático
  • Líder: Ibrahim Mohamed Solih
  • Governo: República presidencialista
  • Religião: Islamismo
  • Idioma: Divehi, inglês
  • Pontuação: 78

POPULAÇÃO: 452 MIL
POPULAÇÃO CRISTÃ: ALGUNS MILHARES

Com 78 pontos, as Maldivas ocupam a 14ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020, mesma pontuação e colocação da LMP 2019. O nível de pressão sobre os cristãos permaneceu mais ou menos inalterado, refletido na alta pontuação. Convertidos não têm espaço nenhum para viver a fé cristã e cristãos estrangeiros residentes no país (geralmente operários migrantes) não têm possibilidades de cultuar juntos sem temer prisão ou deportação.

Consequentemente, as Maldivas são um dos poucos países onde a esfera da igreja continua a receber quase pontuação máxima. O novo governo, que tomou posse em meados de novembro de 2018, não fez melhoras tangíveis no que diz respeito à liberdade de religião até agora e enviou um forte sinal sobre suas credenciais islâmicas ao fechar a ONG Maldives Democratic Network em outubro de 2019.

As Maldivas têm uma das mais altas densidades populacionais do mundo, sobretudo em sua ilha principal, Malé. As comunidades muito próximas e homogêneas servem como vigias naturais para qualquer desvio dos membros, o que naturalmente inclui a opção religiosa. Portanto, a conversão ao cristianismo pode facilmente ser relatada aos líderes muçulmanos ou autoridades. Cristãos estrangeiros residentes no país, a maioria dos quais trabalhando no setor de turismo e vindos da Índia e Sri Lanka, são vigiados de perto também, tornando a comunhão de cristãos muito difícil.

Em um país em que, de acordo com a Constituição, um não muçulmano não pode se tornar um cidadão das Maldivas, não podemos contar sobre a história de uma igreja que supostamente “não existe”, para a própria segurança dos cristãos maldivos. Da mesma forma, pela Constituição, se é descoberto que alguém se converteu ao cristianismo sua cidadania será tirada e a pessoa será punida por violar a sharia (conjunto de leis islâmicas). É fácil imaginar que a pressão é extremamente alta e entender porque os convertidos permanecem escondidos. Alguns cristãos maldivos preferiram deixar o país e morar no exterior devido à pressão.

“Ser maldivo é ser muçulmano. Ser cristão nas Maldivas é ser um seguidor secreto, sem poder praticar a fé, principalmente cultuar e ter comunhão, porque pode ser vigiado o tempo todo.”

OBREIRO CRISTÃO NAS MALDIVAS

As Maldivas são vistas como “um paraíso perdido para o terrorismo”. Isso pode ser um exagero, mas o país tem uma das maiores taxas per capita de militantes islâmicos que lutam no exterior. O desafio será reintegrá-los quando eles voltarem dos combates na Síria. Ligado a isso, outros dois desafios surgem: um é que é não se tem ideia do que fazer com as viúvas e filhos de “shahids” (militantes islâmicos mortos no Iraque e Síria) que voltam para as Maldivas. As autoridades não sabem como lidar com eles. O outro desafio é que militantes islâmicos que retornaram foram absolvidos nos tribunais devido à falta de provas de que eles realmente estavam envolvidos no combate de 2015, ano em que uma lei que penaliza lutar em uma guerra estrangeira entrou em vigor. Esses homens são livres e considerados por muitos verdadeiros heróis islâmicos. Em setembro de 2019, o governo colocou 17 organizações em uma lista como ação antiterrorismo.

Motivos de oração:

  • Interceda para que novos convertidos ex-muçulmanos tenham acesso a discipulado e assim cresçam no amor de Jesus. Peça a proteção do pai sobre eles.
  • Ore por uma igreja forte nas Maldivas e que o governo não se oponha ao que Deus está fazendo.
  • Clame para que Deus dirija cristãos secretos a encontrarem uma comunidade de cristãos para se reunirem e para que tenham acesso à Bíblia, que é considerada contrabando pela lei do país.

Fonte: Portas Abertas

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