Em 2019, a população sudanesa focou nos protestos contra o governo de al-Bashir.

  • Tipo de Perseguição: Paranoia ditatorial, opressão islâmica, corrupção e crime organizado, antagonismo étnico
  • Capital: Cartum
  • Região: Norte da África
  • Líder: Em transição
  • Governo: Em transição
  • Religião: Islamismo e cristianismo
  • Idioma: Árabe, inglês, núbio, bedawie, fur
  • Pontuação: 85

POPULAÇÃO: 42,5 MILHÕES
POPULAÇÃO CRISTÃ: 1,9 MILHÃO

Com 85 pontos, o Sudão ficou em 7° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020. Nos períodos de análise das listas de 2017 a 2019, a pontuação foi 87. Uma das principais razões pela qual o país caiu dois pontos foi a mudança na situação do país durante a segunda metade do período de análise, causada pela população sudanesa que focou nos protestos contra o governo de al-Bashir.

O Sudão se tornou um país onde cristãos enfrentam sérias restrições individuais e coletivas. O país intensificou a demolição de igrejas e prisão de cristãos. Esse é um dos resultados que provém da aplicação total da sharia (conjunto de leis islâmicas), que o presidente al-Bashir votou para implementar, após a separação do Sudão do Sul. É um país que tem sido consistentemente designado como “país particularmente preocupante” pelo governo americano.

Como no período de análise anterior, o período de análise da Lista Mundial da Perseguição 2020 (1 de novembro de 2018 e 31 de outubro de 2019) foi difícil para cristãos de diversas formas: primeiro porque cristãos estão perdendo igrejas que usaram durante anos. Além disso, eles têm encontrado dificuldades para construir novas igrejas, sendo que o maior obstáculo são os escritórios do governo, responsáveis por emitir a permissão necessária. Segundo porque o governo tem prendido e intimidado muitos líderes cristãos. Além disso, o atual caos político no país tem deixado os cristãos no limbo. Embora o exército e ativistas pró-democracia tenham assinado um conjunto de acordos, a falta de clareza permanece.

A paisagem étnico-cultural do país também é complicada: árabe versus étnico-africano, muçulmano versus cristão. A separação do Sudão do Sul, em 2011, não resolveu esses problemas, apenas aumentou a influência do islamismo radical de várias formas. Isso é real para os africanos étnicos, porque um número significativo é de cristãos e eles ainda vivem no país.

Todas as comunidades cristãs no Sudão temem ter conversas sobre a fé com os muçulmanos sudaneses, pois isso pode ser interpretado como um “ato que encoraja a apostasia contra o islã”. O nível de perseguição que convertidos e africanos étnicos enfrentam é enorme.

Houve prisões; muitas igrejas foram demolidas e outras estão na lista oficial de espera para demolição; muitos cristãos são atacados em áreas como as Montanhas Nuba, onde há um conflito contínuo entre forças governamentais e grupos rebeldes.

Para que não sejam descobertos, os novos convertidos, muitas vezes, se abstêm de criar os filhos como cristãos porque isso pode atrair a atenção do governo e dos líderes comunitários, uma vez que as crianças podem revelar a fé dos pais.

Esse medo ainda se estende aos funerais, quando morre um cristão ex-muçulmano, ele é enterrado de acordo com os ritos islâmicos em cemitérios muçulmanos, embora os cemitérios cristãos e muçulmanos sejam separados.

“Depois de enfrentar muita coisa, anciãos da igreja me disseram: ‘Deus lhe enviou essa “pequena” ajuda’. Eles me deram algo para comer e ajudaram a cultivar a terra. Eu agradeço por ajudarem as viúvas. E agradeço a Deus.”

AMIRA JUMA

O governo tem demolido e fechado igrejas. Os cristãos ex-muçulmanos estão em risco, uma vez que a lei castiga oficialmente a conversão do islã à outra religião com morte. Eles geralmente se abstêm de possuir materiais cristãos ou acessar canais de TV e sites cristãos, porque se alguém descobrir, poderá usar como evidência contra eles.

As crianças cristãs são muitas vezes assediadas na escola ou nos parques infantis devido à fé dos pais. Um nível extremo de violência contra os cristãos é real.

Os islâmicos e o governo ditatorial também continuam sua política de perseguir cristãos na região de Nuba. Pastores cristãos foram presos e julgados, mas depois soltos após pressão intensa da comunidade internacional.

Motivos de oração:

  • Interceda em favor do conselho de transição que assumiu o país. Que os cristãos tenham o direito à liberdade religiosa garantido.
  • Ore para que as igrejas consigam as autorizações necessárias para funcionarem dentro da legalidade.
  • Peça a Deus que a pena de morte para islâmicos que se convertem seja eliminada e muitos outros muçulmanos conheçam o amor de Jesus.

Fonte: Portas Abertas

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