Ataques na Síria
Ataques na Síria

Após os bombardeios de pelo menos oito alvos militares estratégicos na Síria, o mundo aguarda o desenrolar da situação, com uma crescente expectativa de acirramento das relações. Basicamente existem dois blocos, os que se opõem ao regime de Bashar Al Saad – liderado pelos EUA, França e Reino Unido – e os que apoiam o presidente sírio, capitaneado pela Rússia e pelo Irã.

Foram pelo menos oito “alvos estratégicos” bombardeados na Síria, principalmente na capital Damasco e na cidade de Homs, informa o canal de televisão CNBC.

A lista inclui dois aeródromos militares, um centro de pesquisa e uma empresa relacionados à produção de armas químicas. Duas bases militares eram construções iranianas e (Tiyas e El-Kiswah) e outras duas são controladas pela Rússia (Khmeimim e Tartus).

“Foram registrados bombardeios ocidentais contra centros de pesquisa científica, várias bases
militares e locais da Guarda Republicana em Damasco e seus arredores”, informou o Observatório
Sírio para os Direitos Humanos.

Segundo a imprensa russa, a maioria desses locais havia sido evacuado horas antes dos ataques. Até o momento não foi divulgado quantas pessoas morreram em consequência dos ataques.

Mapa dos Ataques na Síria
Mapa dos Ataques na Síria. (Foto: The Sun)

Líderes mundiais reagiram aos bombardeios

A decisão do presidente Donald Trump de realizar ataques coordenados na madrugada deste sábado pelas forças dos Estados Unidos, França e Reino Unido teve diferentes repercussões entre os líderes mundiais.

ONU – “Peço a todos os estados membros que mostrem moderação nestas circunstâncias perigosas e evitem qualquer possível escalada da situação e o sofrimento do povo sírio”, declarou o Secretário-geral da ONU, António Guterres, em comunicado.

Ele também lembrou que cabe ao Conselho de Segurança “a principal responsabilidade a manutenção da paz e a segurança”, e pediu que seus membros se unam “e assumam essa responsabilidade”.

Síria – “A República Árabe da Síria condena nos termos mais fortes a agressão brutal americana-britânica-francesa contra a Síria, que constitui uma violação flagrante do direito internacional”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

O presidente Bashar Al Assad declarou que “Essa agressão só fará a Síria e seu povo mais determinados a continuar lutando para esmagar o terrorismo em cada centímetro do país”. Seu gabinete refere-se a todos os seus inimigos como terroristas, incluindo os exércitos ocidentais.

Israel – O ministro da Construção de Isael, Yoav Galant, membro do gabinete de segurança, afirmou que o ataque contra a Síria é “uma mensagem importante dirigida ao eixo do mal constituído por Irã, Síria e Hezbollah [grupo terrorista xiita libanês] “.

Rússia – “Com as suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria”, disse o presidente Vladimir Putin, em comunicado divulgado pelo Kremlin. Ao contrário do que se esperava, não anunciou um contra-ataque, preferindo convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

Turquia –  O porta-voz do governo, Bekir Bozdag, fez o seguinte anúncio: “A Turquia tem uma posição clara sobre a Síria. A Turquia se opõe ao uso de armas químicas e convencionais, conflitos internos, a morte de pessoas e pressão sobre as pessoas para deixar suas casas, vindas de todos os grupos terroristas na Síria.”

Apesar da proximidade turca com a Rússia, o gabinete do presidente Erdogan ficou ao lado dos EUA, enfatizando que “apoiamos a solução, a paz e a integridade territorial da Síria, o mais rapidamente possível. Este ataque não foi perpetrado contra a Síria, mas contra o regime [de Assad]”.

Irã – O líder supremo (religioso e político) aiatolá Ali Khamenei, afirmou: “O ataque desta madrugada contra a Síria é um crime e declaro que o presidente americano, o presidente francês e a primeira-ministra britânica são criminosos”.

China – O porta-voz do Ministério das Relações Estrangeiras chinês, Hua Chunying, emitiu um comunicado dizendo: “Qualquer ação militar unilateral sem o aval do Conselho de Segurança é contrária aos propósitos e princípios da Carta da ONU e viola os princípios e normas básicas do direito internacional […] A China apela a todas as partes para que ajam conforme o direito internacional e para que resolvam a crise através do diálogo e da negociação”.

Iraque – “Esses ataques são uma oportunidade para o terrorismo se desenvolver na região […] São muito perigosos e ameaçam a segurança e a estabilidade da região”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraquiano, Ahmed Mahjub.

Egito – O governo egípcio manifestou uma “grande preocupação”, temendo “as consequências para a segurança do povo sírio e a ameaça aos entendimentos já alcançados”.

Arábia Saudita – O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel Jubeir, anunciou que “A Arábia Saudita oferece seu pleno apoio aos ataques lançados pelos Estados Unidos, a França e o Reino Unido na Síria, porque constituem uma resposta aos crimes do regime sírio”.

Também anunciaram apoio aos EUA, Japão, Austrália e Bélgica. Com informações das agências internacionais

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