O principal clérigo muçulmano do Egito está pedindo que a bitcoin e assemelhados sejam proibidas. Ele alega que a moeda digital é “proibida” pelas leis do islamismo.

Comparando as criptomoedas com jogos de azar, que são proibidos no mundo islâmico, o gão-mufti Shawki Allam emitiu uma fatwa [declaração religiosa] contrária à compra e venda de bitcoin para os muçulmanos.

Segundo o líder religioso, elas têm “responsabilidade direta na ruína financeira das pessoas”. Ele mencionou que especuladores e investidores tem causado um aumento artificial das criptomoedas nos últimos meses.

O valor da Bitcoin hoje é 25 vezes maior em comparação com janeiro de 2017. Chegou a valer US$ 19.500 em 18 de dezembro, mas caiu para US$ 12.000 menos do que uma semana depois.

Lembrando que as criptomoedas não estão regulamentadas no seu país, Allam disse que “o risco da moeda digital e seu alto potencial de lucro prejudica a capacidade do Egito de estabilizar a sua própria moeda”.

Ele defende que as moedas digitais poderiam ter um “efeito negativo na segurança legal de seus revendedores, devido à falha em divulgar publicamente essas operações”. Para o grão-mufti, isso pode “facilitar a lavagem de capitais e atividades ilegais”.

A Bitcoin é legal no Egito, mas a Autoridade de Regulação Financeira do país disse no mês passado que as pessoas que negociam a criptomoeda estão usando uma “forma de engano”.

Apesar das queixas do clérigo islâmico, a empresa de tecnologia e serviços financeiros islâmicos OneGram lançou uma parceria com a GoldGuard, para o lançamento de uma criptomoeda. Ela seria voltada para muçulmanos e enquadrada na rigorosa lei religiosa da sharia. Cada token OneGram será equivalente a 1 g de ouro reservado no armazenamento do GoldGuard, em Dubai. Com informações de Times of Israel

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