A força e a fé foram aliadas de Erleide Maria durante a gestação. Ela teve um filho prematuro que nasceu de seis meses por conta de pré-eclâmpsia, uma pressão alta que pode atingir a mãe durante a gravidez: ‘’Minha pressão estava 18 por 12, tive que fazer uma cesariana de emergência. Meu filho é um milagre, os médicos diziam que tanto eu quanto ele poderíamos morrer’’

Essa e outras experiências foram relatadas na Roda de Conversa sobre Prematuridade, que aconteceu nessa sexta-feira, no Hospital Esaú Matos, em virtude do Dia Mundial da Prematuridade, comemorado em 17 de novembro. Cerca de trinta mães e pais puderam acompanhar o bate-papo, que foi marcado por emoções e histórias de superação de uma maternidade que é marcada por ansiedade e incertezas sobre o nascimento do filho: ‘’ Decidimos fazer um momento onde as mães pudessem falar das suas experiências, dificuldades, conquistas, do que é ser mãe de um prematuro’’, explica a psicóloga Luciana Luz.

A ideia de organizar esse encontro partiu da coordenadora médica Carla Fraga Cunha, que percebeu a importância de ouvir as necessidades das mães e adequá-las a equipe médica ‘’As mães não esperavam conviver dentro de uma UTI, não programaram um parto prematuro, então elas ficam assustadas inicialmente com uma nova realidade, tinham um sonho, e a realidade foi diferente. Então, a equipe médica tendo esse contato, ela fica mais sensível a necessidades das famílias. Com isso nós vamos ajustando a nossa linguagem, o nosso comportamento, para dar mais conforto, mais consolo e mais esperança para os familiares. ’’

No último ano, o Hospital Esaú Matos se tornou hospital maternidade referência para gestações de alto risco. A unidade acolheu prematuros de idade gestacional de 26 semanas (antes, eles só conseguiam salvar bebês que tinham idade gestacional de 28 semanas):  “Temos uma média de 35 a 40 admissões de recém-nascidos por mês, sendo que 80% são prematuros. Recebemos prematuridade extremo. Isso representa um desafio para a equipe médica que vem se aprimorando com novas tecnologias para garantir uma maior sobrevivência dessa população’’ destacou Carla.

O hospital Esaú Matos promove toda quinta-feira, uma reunião com os pais, oferecendo uma equipe de psicologia, enfermagem, além de médicos que abordam cuidados e assistência ao recém-nascido. Fonte: Ascom/Prefeitura (Conteúdo)

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