do G1

O empresário Joesley Batista, um dos dono da JBS, deixou a casa do pai no Jardim Europa às 13h45, Zona Sul de São Paulo, deste domingo (10) em uma Hilux após o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, acatar seu pedido de prisão.

O executivo Ricardo Saud delator da Lava Jato também se apresentou à Polícia Federal.

O pedido ao STF foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta sexta-feira (8). Além de Joesley, Janot também pediu a prisão de Ricardo Saud, executivo da empresa, e do ex-procurador da República Marcelo Miller.

Com a autorização de prisão pelo relator, o acordo de delação premiada firmado entre a JBS e a Procuradoria-Geral da República deve ser rescindido. Isto porque o termo de delação prevê que o acordo perderá efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu ou omitiu, se sonegou ou destruiu provas.

Sobre a validade das provas apresentadas, mesmo se os termos da delação forem suspensos, continuarão valendo – provas, depoimentos e documentos. Esse é o entendimento de pelo menos três ministros do Supremo: a rescisão do acordo não anula as provas.

Joesley Batista no aeroporto de Brasília após prestar depoimento na PGR (Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo)Joesley Batista no aeroporto de Brasília após prestar depoimento na PGR (Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo)

Joesley Batista no aeroporto de Brasília após prestar depoimento na PGR (Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo)

Na segunda-feira (4), a PGR informou que novos áudios entregues pelos delatores da JBS indicam que o ex-procurador da República Marcello Miller atuou na “confecção de propostas de colaboração” do acordo que viria a ser fechado entre os colaboradores e o Ministério Público Federal (MPF). A PGR também suspeita que os delatores podem ter omitido informações.

Na quinta (7), Joesley, Saud e Francisco Assis, executivo do grupo J&F (controlador da JBS) prestaram novos depoimentos ao Ministério Público Federal, em Brasília. Nesta sexta, depôs Marcelo Miller, no Rio de Janeiro.

Joesley foi questionado pelos investigadores e teve que explicar cada trecho da gravação da conversa entre ele e Ricardo Saud. Os depoentes tentaram justificar que aquilo era uma “conversa de bêbados”.Afirmaram que não entregaram os áudios por acidente, mas para demonstrar transparência.

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