Foto: Divulgação

Pessoas próximas a Hugo Chávez receberam dinheiro ilegal da Odebrecht, na Venezuela, segundo delações premiadas de executivos da área internacional da empreiteira. De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, não há na delação relato de nenhuma ilegalidade cometida pessoalmente por Chávez. Em fevereiro deste ano, o jornal O Globo publicou que a publicitária Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, disse à Polícia Federal que a Odebrecht usou caixa dois para pagar parte da campanha do ex-presidente venezuelano. Os pagamentos foram feitos através da mesma offshore que os investigadores da Lava-Jato dizem ter sido usada pela empresa para pagar propina aos ex-diretores da Petrobras. Os pagamentos não foram declarados Brasil e na Venezuela. Segundo Mônica Moura, a campanha de Chávez teria custado US$ 35 milhões e grande parte foi paga através de caixa dois. De acordo com ela, as dificuldades de recebimentos levaram a “várias doações de forma não contabilizada”. A publicitária confirmou que os pagamentos saíram da Odebrecht através da offshore Klienfeld. Os investigadores da Lava-Jato já sabem que a Klienfeld foi usada pela empreiteira para pagar os ex-diretores da estatal Renato Duque e Paulo Roberto Costa. De acordo com Mônica Moura, em 2011, ela precisava receber cerca de US$ 4 milhões devidos pela campanha de Chaves. Ela teria sido orientada por uma pessoa não identificada a procurar Fernando Migliaccio para resolver os pagamentos relativos da Odebrecht. Segundo as investigações da Lava-Jato, Migliaccio é o operador de propinas da Odebrecht no exterior.

Compartilhe