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Nos últimos cinco anos, o ex-ministro Antonio Palocci movimentou 211 milhões de reais. A maior parte do dinheiro passou pelas contas de sua empresa, a Projeto Consultoria Empresarial e Financeira. Depois que ele foi preso, a Justiça bloqueou 30 milhões de reais na conta da Projeto e mais 814 000 reais na conta pessoal do ex-ministro.

Agora, a força-tarefa da Lava-Jato está diante de um Palocci que tenta se apresentar bem mais modesto. O ex-todo-poderoso ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos Lula e Dilma pediu ao juiz Sergio Moro que libere 79 000 reais para pagar as despesas da empresa e, no pedido, incluiu um dado que chama atenção: informou que seu salário mensal na Projeto é de apenas 2.775 reais.

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O salário do ex-ministro está discriminado na lista de despesas de outubro da Projeto. Ele receberia o valor a título de pro-labore – a remuneração a que têm direito os sócios de uma empresa. O ganho mensal de Palocci é menor do que o salário de um de seus motoristas, Carlos Alberto, que recebe 8 543 reais brutos por mês, com o acréscimo de horas extras.

A remuneração de Palocci também fica bastante aquém da que ele paga ao administrador Branislav Kontic, seu ex-assessor, igualmente preso pela Lava-Jato. Brani, como é carinhosamente chamado pelos companheiros, ganha um salário bruto de 17 000 reais.

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