“Levou um partido com 1 minuto e 4 candidatos e que pode custar 5 minutos e 24 candidatos”.

“Levou um partido com 1 minuto e 4 candidatos e que pode custar 5 minutos e 24 candidatos”.

Celebrado como extraordinária vitória política do grupo governista, o embarque do Partido Democrático Trabalhista|PDT povoou de pesadelos e dissabores a base que sustenta a candidatura do deputado Zé Raimundo, que mal secou a garrafa de champagne e viu-se envolto numa improvável rebelião partidária. O Partido Progressista|PP, presidido pelo médico José Carlos Ladeia, e o Partido Social Democrático|PSD não absorveram com a devida serenidade o fato de haverem sido preteridos na disputa pela vice e abriram uma divergência cujo desdobramento mais plausível é o desembarque da aliança e o lançamento de uma sétima chapa à disputa à Prefeitura de Vitória da Conquista, tendo o presidente da Câmara de Vereadores, Gilzete Moreira, como cabeça de chapa, e José Carlos Ladeia na vice.

Fontes confiáveis asseguraram a este blog ser praticamente impossível ao PT retroagir um milímetro na decisão já quase-anunciada de ter a tabeliã Maria Eny como candidata a vice, única forma de atrair o que os petistas arquitetos do plano chamam de “voto da direita” que, na visão deles, se orienta mais por pessoas que por projetos. A tese não é majoritariamente aceita nas hostes petistas e há, mesmo entre os graduados petistas, o temor de que ocorram dois outros fenômenos: um, que este voto dito de direita não percorra o caminho esperado e, 2: que o tradicional voto governista reflua em função exatamente de uma composição esdrúxula, enfiada goela abaixo sem nenhuma preparação. Para o bem ou para o mal, a cúpula petista está convicta de que retroagir significaria uma desmoralização política imensurável e já vão se conformando com a ideia de ver dois aliados voarem janela afora.

CAVALO DE TROIA: PP e PSD ressentem-se da ausência de camaradagem petista e afirmam abertamente que os principais dirigentes da aliança governista cederam a encantos e promessas que não se realizarão – embora não declinem quais promessas teriam sido. Alegam que Romilson Filho, presidente do PDT, chegou por último na aliança e sentou-se confortavelmente à janela, respirando o ar fresco da rua. Desolado, um membro de alto coturno do PP chegou a afirmar que o ingresso do PDT teria sido “a operação mais bem-sucedida da oposição, chamada Cavalo de Tróia”, acrescentando que criou-se uma celeuma: “Levou um partido com 1 minuto e 4 candidatos e que pode custar 5 minutos e 24 candidatos”. As informações são do Blog do Fábio Sena

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