G1

O advogado do brasileiro Chaer Kalaun, de 28 anos, afirma que o jovem de origem libanesa foi preso pela Polícia Federal na niote desta quarta-feira (27) por suspeita de ligação com grupos terroristas. Segundo o advogado Edson Ferreira, a prisão temporária foi decretada por um juiz federal por causa de algumas postagens que ele fez em redes sociais.

“Não há uma acusação básica, uma acusação completa, uma acusação definida. Apenas há suposições de que ele teria feito postagens no facebook, postagens de ligações e até com relação ao Estado Islâmico, mas que não tem nada objetivo com relação a ele. Ele não tem qualquer vinculação com o estado islâmico. Ele não tem o que chamam por aí de batismo, então, não estaria recrutando, trazendo pessoas, não estaria colaborando e não estaria incentivando projetos do Estado Islâmico”, afirmou o advogado Edson Ferreira.

Kalaun é brasileiro e tem descendência libanesa. Na infância, ele chegou a morar alguns anos com a avó no Líbano.

Operação Hashtag
No último dia 21 de julho, a chamada “Operação Hashtag” foi lançada pela Polícia Federal, resultando na prisão de 12 pessoas em 8 estados.

Foram 10 mandados de prisão cumpridos em 7 estados na quinta-feira e as demais prisões ocorreram em Mato Grosso. Na sexta-feira (22), o penúltimo foragido se entregou à PF na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, e no domingo (24), o último suspeito foi localizado pela Polícia Militar de MT em Comodoro.

Todos os presos na operação da PF estão presos no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A detenção é considerada de segurança máxima, e abriga presos perigosos, como o traficante Fernandinho Beira-Mar.

Foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff.

Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.

Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais. As informações são do G1

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